A Tribuna – Santos
Policiais militares começam a contar nessa semana com uma arma de peso no combate à criminalidade: a tecnologia. Todas as viaturas terão a bordo uma espécie de tablet com duas câmeras e um GPS, por meio do qual a corporação estima uma agilidade 15% maior no atendimento às ocorrências.
O índice é baseado na experiência que o novo equipamento está tendo na Capital, onde foi implantado por completo em setembro. “Não foi feito ainda um grande estudo científico, mas as preliminares estão falando em 15% de tempo de resposta”, afirmou ontem o major José Messina Filho, comandante interino do 21º Batalhão da Polícia Militar de Guarujá.
Depois da Capital, o Litoral é a primeira região a contar com a novidade, que começa a operar de fato a partir da próxima semana – após a instalação em todos os veículos. Apesar de permanente, a nova arma terá papel predominante durante a temporada 2011/2012, que contará a partir de 27 de dezembro com o reforço de aproximadamente 1.600 policiais militares de Bertioga e Registro.
Os preparativos para a Operação Verão foram apresentados ontem na Unaerp, em Guarujá. Além do aumento do efetivo nas corporações, haverá esquemas especiais também de prefeituras e concessionárias de serviços públicos.
Apesar de não informar o número a mais de viaturas por uma questão estratégica, Messina afirma que todas terão um desses computadores de bordo, que trabalham com a tecnologia Android. A mensagem de dados é acessada por meio da tecnologia 3G. “O policial poderá acessar o RG da pessoa e saber se é procurada, se tem passagem criminal. As placas dos veículos serão digitadas e, em fração de segundos, sairá a resposta sobre a situação do carro. Tudo isso armazenado em um grande sistema”.
Hoje os policiais utilizam o rádio, que continuará funcionando, mas agora apenas para emergências. “Você tem um certo número de viaturas e é preciso esperar para cada um falar por vez. E agora as mensagens chegarão automaticamente para todos”.
No caso de roubo de carro, por exemplo, o alerta virá no equipamento e ficará permanente. “O policial não precisa esperar para pesquisar na rede o número da placa. Ele já confirma pelo sistema”.
Preocupação
Durante a temporada o foco continuará na região sendo no combate aos homicídios, furto e roubo de veículos. Para isso, até 31 de janeiro, pico do verão, efetivo contará ainda com o reforço das unidades de choque, como a Rota e o 2º Batalhão.
Assim como no ano passado, a utilização de policiais militares à paisana em situações estratégicas continuará ocorrendo. “Vai continuar o policiamento velado, que é sempre um policiamento cirúrgico. Isso não cabe à polícia militar, mas para avaliar a criminalidade e trabalhar melhor certas questões, eu tenho que infiltrar, ou manter presente, policiais à paisana para identificar grupos e saber como eles estão operando, para fotografar e depois prender em uma operação. Mas usamos isso de forma criteriosa”.
