Folha de S.Paulo
A segunda fase da Unicamp começa no próximo domingo, dia 13, com uma característica diferente de anos anteriores: o número de itens por questão, que podia variar até quatro, foi limitado a dois, mas o tempo de quatro horas continua o mesmo. O valor foi definido em dois pontos por item, ou quatro por pergunta. Com 12 questões discursivas por disciplina, cada prova vale, portanto, 48 pontos.
“O vestibulando terá mais tempo para resolver a prova e menos preocupação em relação ao valor de cada questão. Deve ser uma prova mais tranqüila, sem muita pressão”, afirma Maurício Kleinke, coordenador de pesquisa da Comvest (comissão que organiza o vestibular da Unicamp).
Outra característica particular da Unicamp é que nesta etapa as provas não são específicas para cada carreira. Todos os candidatos respondem a todas as disciplinas, mas a redação já foi cobrada na primeira fase.
“O perfil que a Unicamp busca é o de um candidato com formação geral mais equilibrada, com capacidade de se expressar bem. Além disso, a primeira fase tem ênfase maior na redação, o que não deixa muito tempo para uma avaliação mais aprofundada, por isso que todos os candidatos fazem todas as provas desta segunda etapa”, explica Kleinke.
Serão dois exames por dia, distribuídos de 13 a 16 deste mês. Português e biologia serão realizados no primeiro dia; química e história, na segunda-feira. Na terça, é a vez de física e geografia e, na quarta, matemática e inglês fecham o último dia do processo seletivo.
Concorrência
A segunda fase da Unicamp chega a ser mais concorrida do que a segunda etapa da Fuvest.
“A disputa é mais acirrada porque, enquanto a Fuvest convoca até três vezes o número de vagas, a Unicamp chama até cerca de oito candidatos por vaga. É uma fase mais eliminatória”, avalia Carlos Eduardo Bindi, coordenador do Etapa. “É na segunda fase que há mais oportunidades de mostrar o conhecimento e se destacar.”
E não basta saber a resposta correta, mas conhecer o estilo do exame. “As respostas não devem ser secas, mas o candidato também não precisa romancear. No caso das matérias de exatas, é preciso deixar explícito o raciocínio”, recomenda Alberto Francisco do Nascimento, coordenador de vestibular do Anglo.
Ele ressalta ainda que provas a lápis não serão corrigidas e que o candidato não deve escrever muito no rascunho. “Depois, na hora de passar à caneta, pode não dar tempo. Então, aproveite o rascunho para as contas mais simples, mas desenvolva a resposta à caneta. E capriche na letra”, orienta.
O candidato também deve ficar de olho no relógio para distribuir bem o tempo de quatro horas entre as duas provas. Se levar duas horas para responder a cada exame, serão cerca de cinco minutos para cada item. “É um tempo muito calculado e o vestibulando não pode ficar desatento a isso”, afirma o coordenador do Anglo.
Para se basear, o vestibulando deve consultar no site www.comvest.unicamp.br as respostas esperadas para as provas de outros anos.
Devem participar do processo seletivo, que será realizado em 22 cidades do país, 14.428 candidatos, que correspondem a 31% dos 46.534 que fizeram a prova da primeira fase.
Neste ano, houve 49.477 inscrições para 2.830 vagas em 58 cursos da Unicamp e 124 vagas para dois cursos da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto).
