De O Estado de S.Paulo
O secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata, informou ontem, em Ribeirão Preto, que os esforços para conter o avanço da dengue têm que ser redobrados. ‘Se a gente não trabalhar com intensidade, vamos ter muitos casos’, disse. Ele evitou falar a palavra ‘epidemia’.
Ontem em São Paulo houve uma reunião com 35 instituições representativas (secretarias, associações e entidades) para estudar medidas e tarefas para combater o mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue e da febre amarela.
Segundo Barata, o Estado contratou 400 agentes de saúde para reforçar as equipes de campo no interior e está destinando R$ 20 milhões para o custeio dessas atividades. Além disso, em 31 de março ocorrerá o ‘Dia D contra a Dengue’ nos municípios que tenham alto índice de infestação.
O Estado já tem 5.326 casos confirmados neste ano. Além disso, 18 casos suspeitos de dengue hemorrágica, que pode levar o paciente à morte, aguardam resultados de exames laboratoriais. Barata lembrou que os números dos dois primeiros meses deste ano são parecidos aos do mesmo período de 2006 (5.322 casos). O ano passado inteiro acumulou 50.021 casos de dengue. Trinta e sete foram confirmados como hemorrágicos. Entre esses houve 6 mortes.
Mas o secretário ponderou que, neste ano, existem três condições propícias ao avanço da doença: um verão quente e chuvoso; o vírus que está contaminando mais as pessoas é do tipo 3 (que não era comum antes na região); o Estado de Mato Grosso do Sul já teve cerca de 50 mil casos em dois meses e muitos estão entrando em São Paulo pela divisa.
HC CRIANÇA
Barata esteve ontem visitando as obras do primeiro pavimento, de um total de seis, do HC Criança, onde funcionará a partir de maio o Centro de Reabilitação, com atendimento de alta complexidade a crianças da região de Ribeiro Preto. A instituição, que deverá ser concluída em 2009, já recebeu R$ 3 milhões do governo estadual.
Ontem houve o anúncio de mais R$ 10 milhões, além de outros R$ 10 milhões concedidos pelo governo federal.Um grupo de empresários também doou R$ 800 mil para ajudar na conclusão do primeiro pavimento. Restarão cerca de R$ 5 milhões para o fim da construção da infra-estrutura. O valor dos equipamentos não foi definido.
