JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
A Secretaria da Agricultura e Abastecimento de São Paulo descartou ontem que a morte de um galo, em Marília (444 km a noroeste de São Paulo), possa ter sido causada pela gripe aviária.
Em nota, o órgão afirmou que, pelo levantamento de informações realizado pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária, ‘pode se concluir não existirem evidências epidemiológicas de doenças aviárias que causam alta mortalidade, compatível com indicadores de saúde de Doença de Newcastle e Influenza Aviária’.
Na sexta-feira, um galo foi encontrado morto em um pequeno criadouro em Marília. O dono da ave procurou a Secretaria da Saúde do município relatando suspeita de que a ave podia ter morrido em razão da gripe aviária.
No criadouro onde o galo morreu, técnicos da Secretaria da Agricultura e Abastecimento realizaram ontem exames de coleta de sangue de todas as 30 aves que tiveram contato com o galo.
O coordenador da divisão de zoonoses da Secretaria da Saúde de Marília, Lupércio Garrido Neto, disse que as aves permanecerão isoladas enquanto durarem as investigações sobre o caso.
Segundo a Secretaria da Agricultura, amostras coletadas foram encaminhadas ao Lanagro (Laboratório Nacional Agropecuário) de Campinas. O resultado preliminar da análise da causa da morte deve sair em dois dias. O laudo conclusivo fica pronto em 21 dias.
Segundo o superintendente do Ministério da Agricultura no Estado de São Paulo, médico-veterinário Francisco Sérgio Ferreira Jardim, ‘não há sinal clínico’ de que a ave tenha morrido em virtude da chamada gripe aviária.
Em documento divulgado pela Secretaria da Agricultura, o coordenador do programa de sanidade avícola do órgão, Fernando Buchala, descartou possibilidade de gripe aviária no Estado.
Suspeita em MG
Em Minas Gerais, o IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) recolheu uma galinha morta em um sítio na região metropolitana de Belo Horizonte e a enviou para análise em laboratório.
Mas, segundo a assessoria de imprensa do IMA, ‘não há possibilidade’ de ocorrer casos de gripe aviária no país neste momento’. Mesmo assim, o sítio foi interditado por medidas sanitárias até que os exames sejam concluídos -ainda não há prazo fixado.
Colaboraram Maurício Simionato e Paulo Peixoto, da Agência Folha em Campinas e em Belo Horizonte
