Sarampo é risco para quem foi à Copa

Diário do Grande ABC - Quinta-feira, dia 6 de julho de 2006

qui, 06/07/2006 - 11h16 | Do Portal do Governo

Ana Carolina Negrão

Especial para o Diário    

Após a eliminação do Brasil no Mundial da Alemanha, os torcedores que retornaram do país europeu devem estar atentos aos sintomas do sarampo. A Alemanha sofre um surto epidemiológico e desde o início do ano foram registrados mil casos da doença. Antes da Copa, a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo promoveu campanha de vacinação nos aeroportos da capital para evitar novos casos da doença no Brasil. “Voltamos sem hexa, mas não quero que ninguém volte com sarampo para São Paulo”, afirma diretora de vigilância epidemiológica do Estado, Telma Regina Marques Carvalhanas.

Os sintomas do sarampo se manifestam em até 20 dias. “É necessário esperar este período para saber se foi infectado. Nesses casos só resta procurar o médico e fazer o tratamento com antitérmicos. O sarampo demora de sete a 10 dias para desaparecer. Depois disso a pessoa não sofre mais o risco de ficar doente”, diz Telma. Ela explica que não é aconselhável parentes e amigos de pessoas que voltam da Alemanha tomarem a vacina. “O contágio só acontece se há contato com doente de sarampo.”

O sarampo é uma doença viral aguda que pode ser fatal em crianças desnutridas. “Aos 12 meses a criança toma a primeira dose da vacina e o reforço é entre quatro e cinco anos. As pessoas que foram para Alemanha foram instruídas a tomar a vacina para evitar o contágio, principalmente aqueles que não têm conhecimento se foram ou não inoculados”, diz a diretora de vigilância epidemiológica.

A atenção agora é para as pessoas que viajam freqüentemente para Europa – principalmente Alemanha e Espanha –, Sudeste Asiático, África e Venezuela. Nesses países, a doença ainda não foi controlada. “A América Latina conseguiu controlar a doença porque saiu na frente na produção da vacina. Isso aconteceu por causa da baixa renda da população que morria devido ao sarampo. Nos outros países a previsão é de que os casos de sarampo sejam controlados em 2007”, diz Telma Regina.