De São Paulo
O governo de São Paulo decidiu informar o mercado externo sobre as condições sanitárias de seu rebanho bovino para tentar pôr fim aos embargos ao Estado, por conta da febre aftosa. Até a próxima semana, a Secretaria de Agricultura do Estado entregará ao Ministério da Agricultura e ao Itamaraty um relatório com informações sobre o rastreamento dos animais vindos do Paraná e testes comprovando a inexistência de casos da doença.
Também serão incluídos dados sobre o status sanitário do Estado e os índices de vacinação, que na última campanha atingiram 99,41%. ‘O objetivo é oferecer esse relatório à Bruxelas e à OIE já na semana que vem para tentar reverter os embargos’, afirmou Duarte Nogueira, secretário da Agricultura de São Paulo.
A Secretaria deve divulgar hoje a conclusão do rastreamento dos animais vindos do Paraná ao longo do mês. Nogueira disse que apenas três propriedades – em Restinga, São Carlos e Itapetininga – compraram bois que tiveram contato com gado do Mato Grosso do Sul no leilão de Londrina, no dia 4. Mas, por efeito de segurança, foram rastreados todos os animais vindos do Paraná ao longo do mês. Ao todo, estão interditadas 31 propriedades em diferentes regiões do Estado, exceto no Vale do Paraíba. O secretário afirmou que, os exames clínicos não detectaram sintomas da doença e, pelo tempo de incubação, não há hipótese de contaminação do gado com aftosa.
Nogueira informou ainda que, no Fórum Nacional de Secretários de Agricultura, ontem em Brasília, os Estados decidiram pedir ao Ministério da Agricultura orientação para a definição de barreiras sanitárias, para ‘evitar que os Estados fiquem guerreando entre si’. Também sugeriram melhora na comunicação do ministério, que até hoje só enviou uma circular sobre os primeiros focos no Mato Grosso do Sul. (CB)
