São Paulo já possui grupo de vigilância para a gripe

A Tribuna - Santos - Quinta-feira, 17 de junho de 2004

qui, 17/06/2004 - 10h11 | Do Portal do Governo

Da Reportagem

Todos os municípios do Estado de São Paulo estarão contando a partir de agora com a ação do Grupo Regional de Observação da Gripe (Grog). Lançado pela Secretaria de Estado da Saúde, sob a coordenação do médico Luiz Jacintho da Silva, o Grog terá como tarefa fazer a vigilância epidemiológica da gripe. ‘Montamos um grupo de cerca de 15 pessoas que vai operacionalizar, de maneira bem apurada, todas as características e peculiaridades da doença no Estado’, revelou.

Ele explicou que já existe um sistema de vigilância similar, em todo o País, promovido pelo Ministério da Saúde. ‘Mas o nosso atenderá melhor as necessidades dos nossos conglomerados urbanos’. O lançamento do Grog foi no Instituto Adolfo Lutz, na Capital.

O coordenador do grupo explicou que no momento não há motivos para alarme com relação à contaminação de gripe no Estado. ‘Já tivemos registros da doença provocada pelo vírus Fujian, que é uma variação do básico da gripe conhecido como Influenza, mas não estamos em situação de epidemia, por exemplo’, garantiu Silva.

O Grog está contando com a gerência de um comitê formado por representantes do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), Instituto Adolfo Lutz, Hospital das Clínicas de São Paulo, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal (Unifesp) e um integrante da Aventis Pasteur, multinacional franco-alemã, que está cedendo para a Secretaria de Estado da Saúde o uso da marca Grog, originária da França e usada por grupos de vigilância epidemiológica de vários países.

Custos

O médico Luiz Jacintho da Silva comentou também que, a partir de 2005, o Instituto Butantan, que desde 1999 processa as vacinas contra a gripe, passará também a produzir o medicamento. ‘Isso será excelente, porque diminuirá os custos, por exemplo’.

Mas, a curto prazo, o médico não vê a possibilidade de promover vacinação gratuita nas crianças de até 5 anos de idade, que são as principais vítimas disseminadoras da gripe no mundo.