Simone Iwasso
Um programa desenvolvido pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) vai permitir a informatização de todos os dados do sistema de transplantes do Estado de São Paulo. Doadores e receptores, bem como os 16 mil candidatos que aguardam na fila por um órgão, serão cadastrados e terão seus dados atualizados online.
Informações das equipes de coleta e de laboratórios também serão colocadas diretamente no sistema. Atualmente, todos os trâmites são feitos pela central de transplantes, que recebe cerca de 90 mil documentos anualmente.
“Repassar as informações diretamente para o sistema descentraliza a entrada dos dados e evita erros de digitação e extravio de papéis e define melhor as responsabilidades de cada parte”, explica Luiz Augusto Pereira, coordenador da central, que é subordinada à Secretaria de Estado da Saúde. “Antes, quando uma equipe não enviava os dados, ficava uma discussão sobre de quem era a responsabilidade. Agora, qualquer falha será mais facilmente identificada”, complementa.
Para os pacientes, a diferença é que, até o fim do ano, eles receberão uma senha para acessar suas próprias informações, como prontuários médicos e lugar na fila. O sistema será inaugurado oficialmente na sexta-feira.
No futuro, a idéia é fornecer ao Ministério da Saúde acesso à base de dados, para facilitar o trâmite em todo o País. O próprio ministério desenvolve projeto de informatização em outros Estados.