Convênio facilitará a vida de brasileiros na Europa e de portugueses no Estado. Os Poupatempos daqui e de lá vão ainda trocar conhecimentos e experiências
BRUNO TAVARES
Os governos de São Paulo e de Portugal estudam a possibilidade de imigrantes brasileiros que vivem naquele país europeu – e portugueses radicados no Estado – utilizarem os serviços de Poupatempo disponíveis nos dois países. Na tarde de ontem, o coordenador das Lojas do Cidadão (o Poupatempo luso), Carlos Martins, visitou o posto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Ele destacou que, embora o projeto ainda esteja em fase inicial, há interesse de ambos os governos em desenvolvê-lo.
O convênio permitiria, por exemplo, que um cidadão paulista pudesse dar entrada na documentação para retirar seu RG ou mesmo Certidão de Nascimento em uma das Lojas do Cidadão espalhadas pelo território português. O mesmo serviço estaria à disposição dos portugueses nas unidades do Poupatempo do Estado. ‘É uma forma de fortalecer a relação entre os dois países, agilizar o processo e eliminar os intermediários’, ressaltou Daniel Annenberg, superintendente do Poupatempo.
Não há data prevista para a assinatura de um protocolo de intenções, pois o projeto ainda precisa ser analisado tanto sob o ponto de vista legal quanto político. O governo paulista acredita que, se a idéia der certo na prática, deve ser estendida a todo o País. A versão lusa do Poupatempo é administrada pelo governo federal de Portugal. No Brasil, são os estados que mantêm os postos de atendimento.
A visita do coordenador português também serviu como troca de experiências. Sobre o modelo paulista, Martins ressaltou o e-poupatempo (espaço dentro das unidades do Poupatempo onde as pessoas podem acessar os serviços disponíveis na internet), e o método de triagem. Já Annenberg achou interessante os postos avançados das Lojas do Cidadão. Há 55 dessas unidades em Portugal e mais nove postos maiores – um deles na Ilha da Madeira. No Estado são nove centros Poupatempo, que atendem 70 mil pessoas por dia.
