São Paulo e a Revolução Verde do Etanol

Valeparaibano

ter, 02/06/2009 - 9h41 | Do Portal do Governo

Pioneiro na revolução verde liderada pelo álcool combustível, São Paulo abriga o “Ethanol Summit 2009”, principal fórum brasileiro dedicado ao futuro dessa energia renovável, promovido pela Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar.

São Paulo é o maior produtor brasileiro de cana-de-açúcar e etanol e também o primeiro e único Estado do País em que as Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente atuam juntas em políticas sustentáveis. Há 25 anos, institutos e universidades paulistas estudam o etanol como alternativa vantajosa aos combustíveis fósseis.

Na safra 2007/2008, São Paulo colheu 296 milhões de toneladas de cana. Das usinas paulistas saíram 13,2 bilhões de litros de etanol (hidratado e anidro). Os números superam a produção nacional em mais de 50%.

As exportações de etanol e açúcar movimentaram US$ 5,23 bilhões. Usinas paulistas as maiores do País – realizaram 75% das exportações.

Estados Unidos, Países Baixos, Jamaica, El Salvador e Japão são os maiores importadores do etanol brasileiro.

Em 2008, eles adquiriram 5 bilhões de litros. Atualmente, temos acordos de cooperação e transferência de tecnologia com o Mexico e a China.

Países que procuram matrizes energéticas sustentáveis estão cada vez mais atentos ao nosso etanol.

O Governo de São Paulo investe atualmente R$ 100 milhões para obter mais cana-de-açúcar por hectare e em pesquisas para a produção de polímeros, como o plástico, a partir de matérias orgânicas renováveis.

Foi em São Paulo que surgiu o automóvel bicombustível, abastecido simultaneamente com etanol e/ou gasolina.

Essa tecnologia é um grande feito da indústria automobilística nacional e uma das maiores inovações da engenharia Made in Brazil em todos os tempos.

Além de uma relação custo-benefício muito melhor, o consumidor também leva em conta que, com o etanol no tanque dos automóveis, São Paulo deixa de receber 8 milhões de toneladas de gás carbônico por ano em sua atmosfera.

Para equilibrar a expansão das áreas plantadas com cana, São Paulo propôs a fornecedores e industriais do setor um Protocolo Agroambiental, que é um sucesso.

Já obtivemos a adesão de 100% dos fornecedores e de 90% das usinas. Na safra 2007/2008, a queima de palha de cana foi reduzida em 110 mil hectares.

São Paulo investe atualmente R$ 2 bilhões em 21 projetos ambientais estratégicos, voltados principalmente para a gestão e proteção de águas subterrâneas, preservação de mananciais e recuperação de matas ciliares. Com isso, garante água necessária para a qualidade de vida e as lavouras.

Por todas essas ações desenvolvidas em São Paulo, o Brasil desponta hoje como um modelo de sustentabilidade único para o mundo, com qualidade e eficiência no uso em grande escala de uma energia renovável.

João de Almeida Sampaio Filho é secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo