São José inaugura Centro Aeronáutico

Vale Paraibano - Quarta-feira, dia 30 de agosto de 2006

qua, 30/08/2006 - 11h37 | Do Portal do Governo

Espaço servirá para cursos da Embraer e do ITA e contará com laboratórios para desenvolvimento de novos produtos

Chico Pereira

São José dos Campos

O Parque Tecnológico de São José dá início hoje à implantação do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Aeronáutica, setor considerado ‘âncora’ do projeto.

O centro deverá ser uma das referências do pólo aeroespacial da região e é resultado de parceria entre prefeitura, Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).

O lançamento do centro será às 10h, no Núcleo do Parque, nas antigas dependências da Solectron, com a presença do governador Cláudio Lembo (PFL).

O coordenador do Parque Tecnológico, Marco Antonio Raupp, disse que o projeto prevê a instalação de dois laboratórios em uma área de 6.000 metros quadrados. O segmento aeroespacial é considerado a base para o desenvolvimento do parque.

Raupp informou que a Embraer e o ITA farão parceria para implantar um laboratório de pesquisa e desenvolvimento, voltado para a criação de novos produtos e testes de equipamentos para o setor aeronáutico.

A Embraer e o IPT também vão implantar um laboratório de materiais aeronáuticos, que deverá ser aberto também para outras empresas da cadeia produtiva.

EDUCAÇÃO – Também está prevista a transferência para o local do PEE (Programa de Especialização em Engenharia) da Embraer, desenvolvido em conjunto com o ITA.

O objetivo do PEE é preparar engenheiros recém-formados para atuarem nas áreas de engenharia da Embraer. Atualmente ele é ministrado no ITA.

A duração do programa é de 18 meses em regime de dedicação integral. Cerca de 40% deste tempo é utilizado para execução de projetos em equipes.

Nove turmas já ingressaram no PEE, em um total de 724 profissionais, dos quais 573 já concluíram o programa. As aulas são ministradas por professores universitários, especialistas da Embraer e consultores, entre outros.

ESPAÇO – Segundo Raupp, o segmento espacial é outra ‘âncora’ do Parque Tecnológico. Neste caso, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) seria o fomentador da criação de um outro centro de pesquisas. Como não existe uma grande empresa no ramo, o Inpe seria o elo de ligação com a iniciativa privada.

Raupp afirmou que o desafio do Parque Tecnológico é integrar os institutos de pesquisas e a iniciativa privada para possibilitar que os conhecimentos científicos possam ser utilizados pelas empresas. “As inovações resultantes de pesquisas só podem acontecer dentro das empresas”, afirmou o coordenador.

NÚCLEO – Atualmente, o núcleo do parque abriga uma unidade da Fatec (Faculdade de Tecnologia), que oferece curso de logística, com ênfase em transportes.

O local também é utilizado para feiras e exposições. No total, o parque possui 188 mil metros quadrados.

A área foi comprada pela prefeitura por R$ 13,5 milhões para a instalação do parque, em parceria com o Estado, e integra o Sistema Paulista de Parques Tecnológicos –projeto conjunto da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado) e da Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico.