Seminário portuário terá início às 13h30, no Mendes Convention Center
Da Reportagem
O seminário Santos Export 2005 – Fórum Nacional para Expansão do Porto de Santos começa hoje, no Mendes Convention Center, em Santos, debatendo as estratégias dos governos Federal e Estadual para melhorar as operações do cais santista. Os planos de investimentos públicos serão destacados respectivamente pelo secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio de Oliveira Passos, e pelo governador Geraldo Alckmin, que participam da solenidade de abertura, marcada para as 15 horas.
Iniciativa de A Tribuna, o Santos Export, continua até amanhã, com a participação de mais de 200 autoridades federais e regionais, usuários e empresários do setor portuário e de comércio exterior. Além de Passos e Alckmin, a solenidade de abertura irá contar com o governador de Goiás, Marconi Perillo.
Comentando o crescimento das exportações paulistas, o governador Geraldo Alckmin irá debater a importância da construção do trecho Sul do Rodoanel, para facilitar o escoamento de cargas pelo Porto de Santos. Atualmente em processo de licenciamento ambiental, o empreendimento deve começar a ser construído no próximo ano.
Segundo em comando na pasta dos Transportes, Paulo Sérgio Passos estará substituindo o ministro Alfredo Nascimento. A autoridade não poderá participar do seminário por ter de representar o presidente Luiz Ignácio Lula da Silva (atualmente em viagem à Espanha) em compromissos em Brasília. Nascimento ficará em Santos apenas algumas horas, em reunião com empresários da região.
Em entrevista a A Tribuna, o secretário-executivo do Ministério adiantou os principais temas de sua apresentação no fórum. ‘‘A Perimetral (da margem direita), estamos botando a licitação na rua. Temos medidas relacionadas ao trânsito, à implantação do estacionamento de caminhões e do complexo administrativo (Despacha-Rápido), para coordenação e aproximação dos órgãos do porto em um mesmo espaço, além de coisas de menor vulto, como melhorias das instalações fitossanitárias’’, disse.
Estatal que administra o complexo portuário, a Codesp abriu a licitação para a construção da avenida perimetral da margem direita (em Santos) na última sexta-feira. Segundo dirigentes da companhia, o contrato para a implantação do empreendimento, que irá facilitar o acesso das cargas aos terminais do porto, deve ser assinado ainda este ano, possibilitando o início das obras nos primeiros meses do próximo ano.
Com a contratação da construtora, o projeto da perimetral na área santista poderá receber R$ 50 milhões este ano. Para 2006, a proposta orçamentária em tramitação no Congresso prevê R$ 30 milhões.
Outra ação a ser exposta por Passos será o Despacha-Rápido. Em estudo desde o início do Governo Lula, há dois anos, o serviço prevê a instalação de um escritório no Centro, reunindo representações da maioria dos agentes de fiscalização do comércio exterior na Cidade.
O órgão irá contar com técnicos do Departamento de Marinha Mercante (Ministério dos Transportes), da Saúde dos Portos (Saúde) e da Vigilância Agropecuária (Agricultura). Atualmente, todas essas entidades têm unidades no Município, mas suas sedes estão espalhadas. A intenção da União é reuni-las nas proximidades do cais, para agilizar as operações de importação exportação.
Compromissos
O secretário-executivo do Ministério dos Transportes pretende reafirmar os compromissos do Planalto com o desenvolvimento do cais. ‘‘A minha fala será uma confirmação de que estamos trabalhando para melhorar o Porto de Santos, que é do interesse do Governo Federal, pela sua dimensão na região, no Estado de São Paulo, no Brasil e na América Latina’’, afirmou.
As obras que garantirão a competitividade do complexo no cenário brasileiro e internacional também serão lembradas, garantiu Paulo Sérgio de Oliveira Passos. ‘‘Quando se fala em Santos, obrigatoriamente se fala na retomada da dragagem de manutenção (interrompida pela Cetesb por supostas inconsistências no relatório de monitoramento ambiental) e também da dragagem de aprofundamento junto ao cais do porto, para atrair navios maiores. Até chegar a isso, temos derrocagem de pedras e remoção (dos restos) do navio encalhado Ais Giorgis’’, conclui o representante do Governo Federal.
