Sabor paulista nas xícaras

O Estado de S. Paulo - São Paulo - Quarta-feira, 24 de novembro de 2004

qua, 24/11/2004 - 9h14 | Do Portal do Governo

Alckmin quer promover café no estilo dos vinhos franceses

Carlos Franco

Se os franceses vão todos os anos a um barreiral da cidade de Paris para apresentar a nova safra de vinhos ao mundo, os paulistas, no que depender do governador Geraldo Alckmin, passaram a ir, todos os anos, num dos cafezais remanescentes da cidade de São Paulo, em plena Vila Mariana, o lançamento da nova safra dos cafés selecionados do Estado.

O lançamento, ontem, da 2ª Edição Especial dos Melhores Cafés de São Paulo – Safra 2004, no cafezal do Instituto Biológico, apresentou ao mercado dez lotes de café premiados, que serão comercializados por oito diferentes marcas que adquiriram o produto em leilão. São elas: Café Moka, Café Toledo, Café Canecão, Café Floresta, Senhor Café, Gran Reserva e Café Tiradentes.

‘O café foi a origem do desenvolvimento paulista, no começo do século passado. O Brasil é o maior produtor de café do mundo e São Paulo, nessa nova fase, trabalha com o café de qualidade’, disse Alckmin, que degustou como bom garoto-propaganda dessa iniciativa dos produtores as oito marcas e plantou simbolicamente um pé de café.

Os cafés da Edição Especial foram escolhidos em outubro no Concurso Estadual de Qualidade de Café – Prêmio Aldir Alves Teixeira, promovido pela Câmara Setorial do Café, órgão ligado à Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento, Sindicato da Indústria de Café (Sindicafé-SP) e Associação Paulista de Supermercados (Apas).

O vencedor do prêmio, que teve a participação de 800 plantadores paulistas, foi um produtor do município de Caconde, região de São José do Rio Pardo, que será comercializado pelo Café Moka. Ele teve o lance mais alto no leilão, vendendo a saca de café, com 60 quilos, por R$ 1.610. Foi o maior valor alcançado por uma saca de café até hoje e corresponde a mais de cinco vezes o valor de mercado do produto, que, na média, é vendido por R$ 260.