Sabesp restaura a primeira caixa d´água de SP

O Estado de São Paulo - Quinta-feira, 28 de Setembro de 2005

qui, 29/09/2005 - 12h21 | Do Portal do Governo

Reservatório da Consolação faz 124 anos e vai recuperar aspecto original

Mauro Mug

Os 20 mil habitantes de São Paulo no início do século 19 eram abastecidos de água de forma precária, por carroceiros que a vendiam de porta em porta ou pelas bicas e chafarizes espalhados por pontos estratégicos. O mais famoso era o do Piques, na Ladeira da Memória, no centro. Para suprir essa deficiência, foi criada, em setembro de 1877, a Companhia Cantareira de Esgotos. Ela construiu o Reservatório da Consolação, que hoje faz 124 anos. A data será festejada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) com o anúncio do restauro do prédio e muros da primeira caixa d´água da cidade. Será resgatada a pintura original da construção, que teve a pedra fundamental lançada por d. Pedro II.

Durante o evento, será inaugurada a exposição Reservatórios de Saúde, com painéis que relatam a história e importância dos reservatórios de água. A empresa também lança a página Memória Sabesp em seu site www.sabesp.com.br, com informações, documentos e imagens históricas sobre a evolução do saneamento básico no Estado. No dia 29 de setembro de 1881, 25 mil metros cúbicos de água da Serra da Cantareira, dos Rios Cabuçu e Cotia começam a chegar a esse primeiro reservatório, na Rua da Consolação, 159. Um ano depois, 113 imóveis recebiam água dele, além dos chafarizes do Largo 7 Abril (atual Praça da República), dos Guaianases (Praça Princesa Isabel), Pelourinho (Largo 7 de Setembro), de São Bento e do Campo da Luz (atual Avenida Tiradentes).

Hoje, o reservatório atende 216 mil pessoas, residentes nas regiões de Vila Buarque, Santa Ifigênia, Campos Elísios, Luz, Praça da República, Teatro Municipal, Praça Alfredo Issa e Largo São Bento. ‘Os reservatórios Consolação, Paulista e Jardim América são hoje os responsáveis pelo abastecimento da região central’, diz Wagner Garcia Gineza, da Divisão de Controle da Adução e Telemetria da Sabesp. ‘Funcionam como um pulmão, que regula o consumo desse setor. Por estar em pontos elevados, garantem o abastecimento de água da população.