Nicolas Tamasauskas, do Diário do Grande ABC
O Governo do Estado pretende começar até janeiro do ano que vem as obras de recuperação da rodovia Índio Tibiriçá (SP-31). O cronograma de obras deve ser anunciado hoje. Ao longo de 37 quilômetros, entre São Bernardo, Santo André, Ribeirão Pires e Suzano, estão previstas a recuperação do asfalto e da sinalização, implementação de dez trevos de acesso à rodovia, além de canteiro central em alguns trechos da SP-31. O projeto inclui também a incorporação de terceira faixa em alguns trechos, recuperação de pontos de ônibus e instalação de balança móvel no km 37,5 da rodovia, em Santo André. Hoje, às 19h, em Ribeirão, o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) realiza uma consulta pública para apresentar o projeto de recuperação. Ainda não há prazo para a conclusão das obras.
“O principal objetivo do projeto é investir em segurança, além de manter a rodovia em boas condições”, disse o diretor do DER na Grande São Paulo, Deni Loretti Filho. Loretti espera o término do projeto executivo que vai definir o valor a ser gasto na obra.
De acordo com o diretor do DER, a definição dos locais que vão ganhar trevos de acesso foi feita com base em um levantamento de acidentes na rodovia em 2001. “O levantamento mostrou os pontos com mais acidentes e em quais haviam vítimas fatais”, disse.
A Índio Tibiriçá será recuperada com verba do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). De acordo com Loretti, após a consulta pública desta quarta-feira – procedimento exigido pelo banco -, o Estado deve iniciar o processo de licitação para as obras. Na previsão do DER, o resultado da licitação deve sair até dezembro.
Trevos – Entre os km 46 e 47 – acessos a Ribeirão Pires que concentraram a maior quantidade de acidentes em 2001, com mais de 30 casos, sete com vítimas fatais – o DER irá instalar dois trevos, para permitir acesso ao Centro e ao Centro Alto de Ribeirão.
No km 37,5, em Santo André – altura do Parque Andreense – está prevista a implementação de trevo que irá segregar as pistas da rodovia e criar um acesso novo ao bairro.
Outros pontos considerados críticos em termos de acidentes, de acordo com o diretor do DER, são os trechos urbanos nos distritos de Ouro Fino, em Ribeirão, e Palmeiras, em Suzano. “Nesses locais, a pista será segregada, com a instalação de canteiro central”, disse Loretti. O objetivo é diminuir a quantidade de atropelamentos – permitindo a pedestres que atravessem a rodovia em duas etapas.
“Há uma série de intervenções que irão beneficiar o trânsito e os pedestres, mas ficou faltando resolver o problema de drenagem na divisa entre Ribeirão e Suzano”, disse o secretário de Obras e Serviços Municipais de Ribeirão, Douglas Carvalho da Fonseca. De acordo com Fonseca, o local é tomado por alagamentos.
A recuperação da Índio Tibiriçá é parte de um contrato assinado pelo Governo do Estado com o BID, que prevê investimentos em 1,3 mil quilômetros de rodovias em todo o Estado.
