Responsabilidade dupla

Jornal ValeParaibano - São José dos Campos - Terça-feira, 10 de agosto de 2004

ter, 10/08/2004 - 10h03 | Do Portal do Governo

Carlos Magno Fortaleza

Nos últimos anos ocorreram grandes vitórias na área da saúde coletiva no Estado de São Paulo. Houve queda importante nos índices de mortalidade infantil. A disponibilidade de vacinas em rotina e campanhas permitiu o controle da paralisia infantil e do sarampo. Essas duas doenças podem voltar a representar uma grave ameaça à saúde da população, o que hoje não representam, especialmente para crianças. A poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença grave que pode matar ou deixar terríveis seqüelas. Mesmo eliminada de São Paulo em 88 e do Brasil em 89, seu vírus continua a circular em países da África e Ásia.

Já o sarampo é causado por um vírus que se dissemina facilmente pelo ar. É, portanto, uma doença altamente contagiosa. Seus sintomas mais freqüentes são febre, tosse, coriza e pele avermelhada (exantema). O sarampo pode levar à morte. Quase 24 mil pessoas no Estado tiveram sarampo em 1997. A doença foi controlada com campanha de vacinação.

A manutenção de altos níveis de cobertura vacinal é essencial para evitar o retorno da poliomielite e do sarampo. É com esse espírito que daremos início, em 21 de agosto, à segunda fase da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite. Esse ano, essa campanha será realizada em conjunto com a Campanha de Vacinação contra o Sarampo. É fundamental que as crianças até cinco anos de idade compareçam aos postos de saúde para receber as gotinhas da vacina Sabin, que protege contra a paralisia infantil. É também essencial que aquelas com idade entre um e cinco anos sejam vacinadas com a tríplice viral. A campanha se estenderá até 3 de setembro. Mas é recomendável que os pais aproveitem o dia 21 para levar seus filhos aos postos de vacinação.

Carlos Magno Fortaleza é diretor do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde.