Da Reportagem
A Tribuna – Santos – 27 de junho de 2003
O setor de saneamento básico da Baixada Santista começará a receber investimentos da ordem de R$ 1,06 bilhão a partir do segundo semestre. De acordo com o diretor de Sistemas Regionais da Sabesp, José Everaldo Vanzo, estão previstas obras nas nove cidades da região, com o objetivo de aumentar o sistema de coleta e tratamento de esgoto da região. O prazo de execução é de cinco anos.
Grande parte dos recursos será financiada pelo Banco Japonês de Cooperação Internacional. O restante pela própria Sabesp. Para viabilizar o empréstimo, falta a aprovação do Senado Federal, que deve concluir o estudo até o início do segundo semestre.
A negociação do projeto foi iniciada há três anos. Somente agora, está sendo concluída. José Everaldo Vanzo explicou que o processo burocrático é bastante lento. ‘‘Por causa da quantia solicitada, os técnicos fazem uma série de exigências’’.
Entre as melhorias, estão incluídas a reforma do Emissário Submarino do José Menino, em Santos, e a implantação de mais um emissário em Praia Grande, que conta com dois nos bairros Canto do Forte e Vila Tupi. ‘‘A idéia consiste em atender aquela área do município que ainda não conta com esse equipamento, que vai do Jardim Solemar até a Vila Caiçara e imediações’’.
Outras intervenções previstas são a construção de sete estações de tratamento de esgoto de grande porte e implantação de cerca de 1,1 mil quilômetros de redes coletoras e coletores troncos. Devem ser efetuadas 125 mil ligações domiciliares.
O projeto visa transformar a Baixada Santista em um pólo para o turismo regional, tornando sua exploração mais sustentável. Atualmente, a rede de esgoto da região conta com 808 quilômetros. No Litoral Sul, todas as cidades (Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe) mantêm índices de atendimento de rede coletora de esgoto abaixo da média, assim como Bertioga, na região do Litoral Norte.
Em Santos, os canais ainda recebem efluentes de ligações clandestinas, apesar de a Cidade ter 98% de suas residências atendidas por rede coletora de esgoto.
‘‘Haverá uma transformação significativa na qualidade de vida. Investindo nesse setor, estaremos contribuindo para a erradicação de doenças e para a diminuição dos índices de mortalidade infantil’’, assinala José Everaldo Vanzo.
A arrecadação da Sabesp na região está em torno de R$ 140 milhões. A expectativa de aumento da receita, com a realização das obras, é de R$ 22 milhões.
