Funcionários começaram a trabalhar ontem e vão reforçar plantões
Mais de 100 policiais civis começaram a trabalhar ontem em todas as delegacias do Grande ABC para reforçar os plantões. A maioria contratada é para o cargo de escrivão. A idéia e que delegados e investigadores deixem de assumir tais funções, por falta de efetivo. São Bernardo foi a cidade que mais recebeu funcionários, que, no próximo mês, passarão por curso de capacitação para trabalhar nas delegacias Poupatempo do município.
Ao todo, serão 113 policiais civis. Santo André recebeu 20 escrivães; São Caetano, quatro; Diadema, 25; Mauá, dez; Ribeirão Pires, três; e Rio Grande da Serra, dois. Em São Bernardo, são 25 escrivães e, além desses, 12 agentes policiais e 12 agentes de telecomunicações (que operam centrais de rádio).
De acordo com o delegado seccional de São Bernardo, Mário Jordão Toledo Leme, a distribuição de policiais às delegacias foi feita de acordo com volume de Bos (boletins de ocorrências) ede inquéritos a serem tocados. No município, a maioria dos funcionários vai reforçar os plantões do 1º, 2º e 3º DPs (distritos policiais), que funcionam ininterruptamente.
Jordão acredita que em setembro devem começar a funcionar as duas delegacias Poupatempo previstas para a região. Ambas ficarão em São Bernardo, no 1º e 3º DPs, que concentram o maior volume de ocorrências. ‘Em julho, policiais e delegados que trabalham nos dois DPs começam a passar por um curso de capacitação para que estejam prontos a trabalhar sob essa nova concepção’, disse o seccional, que ontem esteve na Prefeitura para apresentar os novos policiais ao prefeito Maurício Soares.
As delegacias Poupatempo são uma parceria entre as secretarias estaduais de Segurança Pública, governo, Fundap (Fundação de Desenvolvimento Administrativo) e Superintendência do Poupatempo. Essas funcionam no mesmo modelo de administração dos postos do Poupatempo, que diminuem a burocracia para acesso a diversos serviços públicos.
‘Nas delegacias Poupatempo, a espera será bem menor, tanto para a população que vai até os DPs como para os policiais militares e civis que apresentam ocorrências’, disse o seccional.
As duas delegacias também contarão como RDO (Registro Digital de Ocorrência), segundo Jordão. O sistema consiste em colocar o nome e RG de vítimas e indiciados, entre outros, no computador, que fornece todo o cadastro da pessoa. No caso de um indiciado já ter passagem pela polícia ou ser condenado, o computador fornece todas as informações necessárias. No entanto, isso somente é possível quando os documentos da pessoa tenham sido emitidos pelo Estado. O mesmo também acontece com placas de veículos.
Andrea Catão Maziero
