Reformas no Ecológico chegam à reta final

Correio Popular - Campinas - Quinta-feira, 14 de outubro de 2004

qui, 14/10/2004 - 9h33 | Do Portal do Governo

Espaços antes vazios ganham brinquedos, lixeiras são instaladas e nova lanchonete é construída no parque, que volta a atrair freqüentadores

Fábio Gallacci, da Agência Anhangüera

Novas lanchonetes, brinquedos para a criançada, mais limpeza e um milhão de metros quadrados para atividades esportivas, culturais e de lazer. O novo Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, revitalizado depois de um trabalho conjunto da Prefeitura de Campinas, do governo do Estado, da Petrobras, da Shell do Brasil e da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) está praticamente pronto para reviver seus melhores momentos. Numa operação que envolveu 21 homens, três caminhões e três tratores trabalhando a todo vapor, o espaço ganhou uma cara nova e já começa a atrair a atenção dos visitantes. No último domingo, mais de mil pessoas estiveram no local participando de uma festa do Dia das Crianças. A data oficial de reinauguração ainda precisa ser definida.

“Antigamente, a gente não tinha sossego para andar por aqui. Agora está tudo muito melhor e mais bonito. Dá gosto de trazer os filhos para brincar”, aprovou a auxiliar de cozinha Jenisse Antunes, que visitou o Ecológico com seus dois filhos durante o feriado.

Apesar de ter mudado para melhor, a área verde ainda precisa de diversos cuidados, como a instalação definitiva dos mais de 100 postes para garantir a iluminação de todo o lugar, o início de um plano de manejo das capivaras que existem no local e já provocaram problemas envolvendo carrapatos, a limpeza do lago e a total recuperação da Tulha, o casarão histórico situado no coração do parque. No caso dos postes de iluminação, a direção da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) prometeu realizar o serviço em novembro.

O que já foi feito merece atenção. O mato alto está sendo controlado, espaços antes vazios ganharam brinquedos, lixeiras seletivas de lixo foram espalhadas pelos quatro cantos, o antigo restaurante foi reformado e recebeu um novo madeiramento, podendo agora abrigar lojinhas de conveniência. Uma lanchonete até então abandonada se transformou em oficina de arte. Para substituir a antiga instalação, foi construída uma nova lanchonete. O processo de licitação para definir quem irá administrá-la já está em andamento. Todos os banheiros foram totalmente reformados, porém só serão abertos quando o parque for oficialmente reinaugurado.

De acordo com Peter Traue, representante do governo municipal na comissão técnico-administrativa que gerencia o Ecológico, nos próximos dias começará a ser colocado em prática o projeto paisagístico de Roberto Burle Marx. “Tudo começará pelos estacionamento, já que o objetivo é dar visibilidade ao projeto e chamar a atenção das pessoas. Depois, é possível que a própria população seja convidada a participar do plantio das novas mudas que serão colocadas”, adianta o técnico.

Os recursos da Petrobras para a recuperação do Ecológico chegaram aos R$ 2 milhões. Mais R$ 1,8 milhão serão repassados parceladamente em três anos para serem destinados à manutenção. Desde maio, o Parque Ecológico tem a sua gestão compartilhada pelo Estado e a Prefeitura. Pelo convênio de cinco anos, assinado pela prefeita Izalene Tiene (PT) e pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), a Secretaria Estadual do Meio Ambiente está incumbida de prover o parque com segurança e contratar obras de infra-estrutura, por meio de parcerias acertadas com a Shell do Brasil, Petrobras, Associação Campus Avançado (Unipaz) e CPFL.

À Prefeitura de Campinas cabe, desde então, a manutenção da área verde existente, a preservação dos novos equipamentos que serão instalados no parque e a programação cultural e de lazer. As estimativas do governo do Estado e da Prefeitura apontam para um gasto anual de R$ 2,5 milhões com a manutenção do parque.

Para arcar com os custos, a Secretaria de Meio Ambiente dotou para o parque R$ 870 mil no seu orçamento. Já a Prefeitura Campinas destinou R$ 1,1 milhão. O valor necessário para a manutenção será complementado pelos R$ 600 mil anuais prometidos pela Petrobras até 2006.

(Colaborou Zezé de Lima/AAN)