O Projeto Pomar descobriu um meio mais rápido e eficiente de chegar até outros municípios – o trem. Por meio de uma parceria com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), os coordenadores do projeto pretendem mudar a cara de 92 estações na Grande São Paulo. Elas receberão tratamento paisagístico exclusivo – com direito a centenas de mudas de jerivás, ipês-amarelos, palmeiras e outras espécies nativas da Mata Atlântica.
A idéia é repetir o sucesso do Projeto Pomar na Marginal Pinheiros – iniciativa de proteção ambiental do JT em parceria com a Secretaria Municipal das Subprefeituras e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente – que, em quatro anos, revitalizou a paisagem em 22 cidades do Estado. As primeiras beneficiadas serão Rio Grande da Serra e Jundiaí.
‘Os próprios usuários nos incentivaram a firmar essa parceria com o Pomar.
Eles são os mais interessados em embelezar as estações de trem’, diz Luiz Ferretti, assistente da gerência de relações comunitárias da CPTM. ‘Ainda buscamos parceiros para o projeto, mas já definimos a participação da comunidade.’ O trabalho já está dividido: o Projeto Pomar vai doar mudas, criar o programa paisagístico e ensinar as técnicas de plantio; a CPTM levantar fundos e convocar os moradores e usuários das linhas de trem para colocar o projeto em prática.
Pomar já conta com a parceria de 17 empresas
‘Serão as ‘comunidades participativas”, diz Ferretti. ‘Os moradores querem ser voluntários, pois sabem que o Projeto Pomar deu certo na capital, e querem reproduzi-lo em suas cidades.’
O assistente da CPTM diz ainda que falta apenas um detalhe para colocar o projeto nos trilhos: o apoio de outras empresas. ‘Acho que logo iniciaremos a transformação das estações’, diz. ‘As empresas sabem que o programa terá um alcance social muito grande, tanto para os usuários quanto para toda a sociedade.’
Além da parceria com a CPTM, o Projeto Pomar vem analisando outras propostas. ‘Ainda há possibilidades de outras empresas participarem, na execução e manutenção de áreas já plantadas, por exemplo’, diz a coordenadora do projeto, Helena Carrascosa.
Hoje, o Pomar tem 17 empresas parceiras – que, aliando prioridade administrativa, consciência ambiental e responsabilidade social, contribuem para a recuperação de áreas degradadas. Elas são responsáveis pelo plantio e manutenção, durante cinco anos, de mudas em trechos com aproximadamente 1 km de extensão. Entre as margens esquerda e direita do Rio Pinheiros, o projeto já alcança 26,5 km.
