Projeto muda cara do Hospital Mário Covas

Diário do Grande ABC - Quarta-feira, 26 de novembro de 2003

qua, 26/11/2003 - 10h36 | Do Portal do Governo

Rodrigo Cipriano, da Redação

O Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, deve ganhar um novo visual a partir do próximo ano, com objetivo de humanizar o atendimento. Um grupo formado por cerca de 30 arquitetos, decoradores e paisagistas da região apresenta na manhã desta quarta um projeto de revitalização do hospital. A proposta, batizada de Vida Cor, prevê intervenções de ‘baixo impacto’ em 21 ambientes internos e externos. Entre os trabalhos que devem ser executados estão a troca de móveis, pintura de paredes, criação de painéis e montagem de jardins.

As obras devem começar em fevereiro de 2004 e, caso o cronograma do projeto seja mantido, a previsão é que sejam concluídas em seis meses. O orçamento ainda não foi definido, mas a intenção é que a intervenção seja custeada por patrocinadores da iniciativa privada.

A iniciativa partiu da diretoria do Mário Covas e aglutina nomes de peso do setor de decoração, como Ângela Tasca, Ana Maria Bogar e Humberto Bonomi, sobrinho-neto de Maria Bonomi, uma das gravuristas de maior destaque no cenário nacional. Nesta quarta, o grupo irá discutir o projeto com a diretoria do Mário Covas. ‘Queremos algo para que as pessoas se sintam mais à vontade no hospital’, afirmou o superintendente Geraldo Reple Sobrinho.

O Vida Cor deve dar continuidade ao trabalho realizado no início deste ano na maternidade do hospital. No corredor de acesso às especialidades do setor, foi pintado um grande painel com motivos marinhos. ‘Isso ajuda a esquecer em um hospital. Nos deixa maisa alegres, apesar dos problemas’, afirmou a operadora de caixa Flávia Cavalcanti de Carvalho. Há dois meses, seu filho, prematuro, está internado no Mário Covas, se recuperando.

Uma das áreas que devem ser mais modificadas pelo Vida Cor é o setor de hemodiálise do hospital. Além de uma televisão, para distrair os pacientes, a sala também deve ganhar várias cores. ‘Pintaremos as paredes com tons de azul, verde, rosa e amarelo’, disse Humberto Bonomi.

Segundo Bonomi, os tons escolhidos ajudam a relaxar e estimulam a recuperação dos pacientes. No ambiente, será proibido o uso de qualquer objeto vermelho. ‘Essa é a cor do sangue, que está muito presente na hemodiálise. Queremos que eles se esqueçam um pouco disso’, afirmou o decorador.

Também devem sofrer intervenções as salas de espera do hospital, as UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e os setores de enfermagem. As áreas externas estão reservadas para a construção de jardins de variados estilos. Em alguns pontos, está prevista a instalação de bancos e outros tipos de mobiliários.

Após a conclusão dos trabalhos, a Secretaria de Estado da Saúde deve analisar a possibilidade de estender a iniciativa para outros hospitais públicos de São Paulo.