Segunda edição do Teia do Saber, dedicado à extensão universitária, foi encerrada anteontem com 2,5 mil pessoas reunidas no Ginásio Multidisciplinar
Angela Kuhlmann
Da Agência Anhangüera
A segunda edição do projeto Teia do Saber foi encerrado no sábado numa cerimônia realizada no Ginário da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com a participação do vice-reitor José Tadeu Jorge e dos 2,5 mil professores da rede pública estadual. Financiado pela Secretaria Estadual de Educação, o projeto tem como objetivo oferecer cursos de educação continuada em várias disciplinas, entre elas, Ler para Aprender, Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia, Física, Química e Biologia.
Implementado na esfera da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da universidade, o programa foi considerado da maior importância pelo vice-reitor. “Mais do que trazer de volta esses profissionais para a universidade, destaco que a própria Unicamp sai ganhando com a experiência”, disse Tadeu Jorge.
O coordenador-geral do projeto, professor Roberto Vilarta, disse que a universidade só tem a ganhar com a iniciativa. “Não só levamos o conhecimento, a capacitação e o aprimoramento dos participantes, mas também vivenciamos os principais problemas e desafios enfrentados pelo professor da rede pública”, comentou. Segundo ele, há uma resposta imediata do que acontece nas salas de aula e esses dados são trabalhados e retornam imediatamente para as escolas. “É um canal direto de intervenção e retorno na sala de aula”, concluiu.
A diretora da Regional de Sumaré e assistente Técnico Pedagógica do programa, Elizabeth Rita de Azevedo, destacou que os professores estão conseguindo sair com o conteúdo exposto nas aulas e trabalhando na reflexão da prática pedagógica. “Eles estão vendo a necessidade de se atualizarem, a necessidade de buscar um crescimento profissional”, declarou. A diretora afirmou ainda que a demanda pelos cursos está crescendo assim como o interesse dos professores da rede pública. Ela citou também um dado que considera significativo e aponta para um despertar do profissional. “Já são 15% os educadores da rede pública estadual com mestrado e esse número tende a aumentar nos próximos anos pois muitos deles estão em pleno processo de defesa de tese, relatou.
A professora de Língua Portuguesa de 2º grau de uma escola de Piracicaba, Waldete Salvaia, aprovou a experiência e disse que o que absorveu nas aulas vai ajudar muito em sua atividade. “Tive acesso a novos escritores e novos pensamentos e a experiência é útil para desenvolver o lado intelectual e aprofundar nosso conhecimento teórico”, observou.
