Espanha vai doar 300 mil euros ao governo do Estado para financiar estudo de viabilidade
BRUNO TAVARES
O governo do Estado recebe 300 mil nesta semana para a elaboração de um estudo sobre a viabilidade econômica de uma linha de trem ligando São Paulo a Campinas. O dinheiro foi doado pelo Ministério do Desenvolvimento da Espanha e será repassado diretamente para a Ineco, empresa vencedora da licitação. Segundo o secretário estadual dos Transportes Metropolitano, Jurandir Fernandes, a idéia é ligar o Aeroporto de Viracopos, na região metropolitana de Campinas, ao de Cumbica, em Guarulhos.
A ferrovia partiria da Estação Barra Funda, na zona oeste da capital, de onde o passageiro pode acessar a rede de trens e metrô, com uma parada em Jundiaí. De Campinas, seguiria até o Aeroporto Internacional de Viracopos.
‘Os estudos de engenharia sobre este trecho existem desde a década de 70. O que queremos saber agora é se a obra é viável do ponto de vista econômico’, diz o secretário.
Para tentar tirar o projeto do papel, o governo abriu mão de um antigo sonho. No plano inicial, estava prevista a utilização de trens de alta ou extra-alta velocidade (cerca de 300 km/h), que exigiriam investimentos de US$ 2,3 bilhões. ‘Mas não adianta ter projetos sofisticados que não são viáveis financeiramente’, admite Fernandes. Viagem – Com cerca de 100 quilômetros de extensão, o trecho seria operado por trens com velocidade menores, em torno de 140 km/h, tempo de viagem de 50 minutos e intervalo entre as composições, de 20 minutos.
Nesses moldes, a construção da nova ferrovia custaria entre US$ 600 milhões e US$ 700 milhões. Os trilhos serviriam também para transportar pequenas cargas.
O estudo bancado pelo governo espanhol deve ficar pronto em nove meses. Ele irá apontar se a tarifa – pesquisada entre os prováveis passageiros – e a demanda são compatíveis com os custos de operação e o investimento inicial.
