Projeto de universidade beneficia assentados

O Estado de S. Paulo - Suplemento Agrícola - Quarta-feira, 27 de julho de 2005

qua, 27/07/2005 - 9h35 | Do Portal do Governo

O professor Antonio Augusto Domingos Coelho, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba (SP), está à frente do Projeto Frango Feliz, desenvolvido pela faculdade há oito anos. O sistema prevê a criação de pintinhos confinados nos primeiros 10 a 15 dias de vida. Depois, passam para o sistema semi-intensivo, tendo acesso à área externa, aos galpões, piquetes ou locais de pastejo cercados. As aves ficam agrupadas em lotes, conforme a idade. A alimentação, à base de ração comercial, representa 70% do custo. O frango fica pronto entre 85 e 90 dias, período em que consome 7 quilos de ração. Um ponto importante é a sanidade. Tanto que o produtor deve seguir um programa de vacinação, vermifugação e prevenção de doenças.

O principal parceiro do projeto é o Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp). Os assentados do acampamento de Santa Maria, em São Simão (SP), fazem parte do programa desde janeiro e já estão produzindo frangos e ovos caipiras. Para facilitar a venda, eles criaram a Cooperativa da Agricultura Familiar de São Simão (Cooaf). Conforme o presidente da Cooaf, Elpidio José de Castro Carneiro, os assentados já criavam frango em pequena quantidade e vendiam só o excedente. ‘Hoje a produção é direcionada à comercialização.’

Segundo Carneiro, do total de 40 associados, cerca de 20 criam aves de postura. A produção de ovos, de cerca de mil aves, é vendida diretamente pelos produtores, ao preço de R$ 3 a dúzia. ‘Em seis meses, a venda deve passar para a Cooaf.’

A maior parte da produção mensal de frangos caipiras, de cerca de 2 mil aves, é vendida pela cooperativa. O frango vivo é vendido por R$ 10, e o abatido, por R$ 12. Antes, o frango era vendido entre R$ 6 e R$ 8, conta Carneiro.

SAIBA MAIS: Esalq/USP, tel. (0–19) 3429-4258; Cooaf, tel. (0–16) 9104-1400