Projeto da Unesp leva espanhol a crianças do Pq. São Paulo

Tribuna Impressa/Araraquara

seg, 08/06/2009 - 9h22 | Do Portal do Governo

Um projeto de extensão universitária da Faculdade de Ciências e Letras (FCL) da Unesp de Araraquara levou conhecimento de língua estrangeira para 105 crianças do Parque São Paulo, na periferia da cidade. Na Escola Estadual Sérgio Pedro Speranza, todos os sábados, os alunos receberam um curso básico de espanhol, ministrado por 15 professores estagiários do curso de Letras. Ontem, o grupo teve uma comemoração de encerramento das atividades, que serão retomadas somente no ano que vem.

Segundo Alexandre Silveira Campos, coordenador do projeto e responsável pela disciplina de Estágio, a intenção foi aproximar os professores estagiários da realidade da escola, pondo em prática a teoria aprendida em sala de aula. Ele também avalia o trabalho como importante meio de inserção social, uma vez que, levou aos estudantes noções da cultura hispânica e o aprendizado de uma nova língua. “Nós trabalhamos conceitos da cultura hispânica como a história de Dom Quixote”, explica.

Ele também ressalta a importância do contato dos estagiários com uma escola pública que fica localizada num bairro que apresenta muitas carências. Ronaldo Maranduba de Jesus, diretor da escola, concorda com Campos. Para o diretor, além da aproximação do educador com a realidade da periferia, o projeto também teve uma resposta surpreendente no que diz respeito à disciplina dos estudantes. “Ajudou muito na disciplina e o legal foi vê-los vindo à escola aos sábados, pela manhã. Depois, na segunda-feira, grande parte andava pelos corredores pronunciando alguma palavra em espanhol”, relata.

E os estudantes comemoram a descoberta de uma nova língua. Conhecimento que a pequena Natália Maria de Oliveira, de 11 anos, teve acesso. “Muito legal poder aprender espanhol. Eu gostei muito. Quero aprender mais espanhol e um dia aprender francês também”, conta.

Para a educadora Edinalva Rodrigues Nascimento, que já trabalhava na rede pública, mas com o chamado Ciclo 1, a experiência proporcionada pelo projeto é gratificante e vai ao encontro da discussão de um papel mais amplo do educador na sala de aula. “Hoje, o educador não pode ser apenas um transportador de informação, ele tem que ser um agente social”, avalia.