Estudantes da Unesp de Guará mostram equipamentos eficientes de baixo custo
Luciana Mendes, de Guaratinguetá
A FEG (Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá), ligada à Unesp (Universidade do Estado de São Paulo), criou um Centro de Energias Renováveis para viabilizar a captação e distribuição de energia solar de baixo custo às comunidades rurais.
O projeto tem como objetivo desenvolver e aperfeiçoar dispositivos para suprir o meio rural com o aquecimento solar de água e geração de eletricidade.
O aquecedor solar de água desenvolvido na Unesp tem um custo de R$ 300 para atender uma família de quatro pessoas, enquanto o convencional custa em média R$ 3.000.
Segundo o idealizador e coordenador do Centro de Energias Renováveis, professor Teófilo Miguel de Souza, o centro foi desenvolvido como o objetivo de levar à população rural e urbana um produto com um preço mais baixo que tenha a mesma função dos existentes no mercado, e com a mesma durabilidade.
‘Os projetos podem beneficiar propriedades rurais e até mesmo urbanas na geração de energia elétrica, captação e bombeamento de água por um custo 10 vezes menor do que os convencionais’, disse Silva.
No centro de Energias Renováveis a água, o vento e o sol servem de fonte de energia sem que haja a degradação do meio ambiente.
O centro montado no campus da Unesp, em Guará, pode ser visitado por pessoas interessadas em montar um dos projetos, a captação de energia elétrica por meio de cata-ventos ou roda d’água, uma micro-hidrelétrica e o aquecedor solar.
De acordo com o idealizador do projeto, no Brasil existem cerca de 20 mil cata-ventos de bombeamento de água que não fazem a captação de energia elétrica. A meta é implantar primeiramente o projeto nestas propriedades.
‘Tendo água na propriedade, sendo por meio de poços ou de rios, é possível se implantar o sistema de energia elétrica e isso é muito importante, se considerarmos que no Brasil, ainda existem 25 milhões de pessoas sem energia elétrica’, disse.
A captação de energia elétrica por meio do uso da roda d’água, ainda não é utilizada no meio rural. Com o projeto da Unesp isso é possível ao custo de R$ 2.000.