Programas de reposição escolar em SP elevam matrículas em 1.490%

UOL - Últimas Notícias - Terça-feira, 26 de julho - 10h30

ter, 26/07/2005 - 14h29 | Do Portal do Governo

Eduardo Barros

SÃO PAULO – O número de jovens e adultos matriculados em cursos supletivos e ensino médio no Estado de São Paulo aumentou 1.490% entre 1995 e 2004, saltando de 29,944 mil para 466 mil, segundo números da Secretaria de Estado da Educação.

A maior presença destes alunos nos programas de reposição tem melhorado os índices gerais de educação entre a população paulista. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que 74% das pessoas com idade de 18 a 24 anos já tiveram acesso ao ensino médio até 2003. Considerando quem tem de 15 a 17 anos, a parcela dos freqüentadores do ensino fundamental chegou a 92,5%, enquanto em 1993 era de 73,1%.

E ao mesmo tempo em que as salas de aula ficam mais cheias, a defasagem de idade em relação às séries escolares também diminui. De acordo com a secretaria, 44,8% do total de alunos do ensino médio apresentavam inadequação em 2000, ao passo que em 2004 este grupo diminuiu para 29,8%.

Flexibilidade explica aumento dos alunos

O principal motivo do aumento dos jovens e adultos nos cursos supletivos é a maior variedade de programas oferecidos à população, que pode optar pelas aulas presenciais, ou então por cursos de presença flexível e mesmo outros feitos à distância.

Vale dizer que os interessados em fazer os exames supletivos do ensino fundamental e médio precisam se inscrever no site www.educacao.sp.gov.br. Para o primeiro caso, o candidato deve ter 15 anos completos, e para o segundo, no mínimo 18 anos.

Há, ainda, outros programas sociais do Estado voltados para a educação, como o Ação Jovem, que oferece bolsas de R$ 60 para estudantes de 15 a 24 anos que possuem renda familiar inferior a dois salários mínimos, e deve chegar a 80 mil beneficiados no final deste ano.

Outras iniciativas nesta área são o Programa de Alfabetização e Inclusão (PAI), cujo objetivo maior é alfabetizar 700 mil pessoas em quatro anos, por meio de aulas ministradas por universitários voluntários, e o Escola da Juventude, destinado a jovens de 15 a 24 anos que não completaram o ensino médio.