A expansão da cultura da cana no Estado levou a SMA a propor um Protocolo Agroambiental para o setor. Embora voluntário, 100% dos fornecedores de cana mais de 90% da industria canavieira já aderiram ao documento, que, entre outras medidas em favor do meio ambiente, antecipa os prazos para o fim das queimas nos canaviais do Estado de São Paulo e estipula ações de sustentabilidade ambiental. A iniciativa integra o projeto Ambiental Estratégico “Etanol Verde”.
Os ganhos ambientais estimulados pelo projeto são muitos. Um comparativo das safras 2006/2007 e 2007/2008 mostra uma redução de 110 mil hectares na área de queima da palha de cana-de-açúcar, área que corresponde a 155 mil campos de futebol. A área de colheita mecanizada expandiu 657 mil hectares, já que pelo protocolo, em novas áreas de produção só é permitido colher mecanicamente. Na última safra, aproximadamente 50% da colheita foi feita mecanicamente, ante 35% da safra anterior à assinatura do protocolo.
Além da redução da queima da palha da cana-de-açúcar, a expectativa é de que o setor promova a recuperação de 400 mil hectares de áreas (matas) ciliares nos próximos anos. 140 mil hectares já foram cadastrados até o final de 2008. Outra ação do projeto foi incentivar a reativação da Câmara Técnica Ambiental do Setor Sucroalcooleiro e, com isso, criar o grupo de Licenciamento e o de Resíduos Sólidos para estudar e desenvolver práticas ambientalmente sustentáveis para as empresas.
Outra das importantes realizações do projeto é o Zoneamento Agroambiental da cana-de-açúcar para o Estado de São Paulo. O zoneamento possibilita o efetivo planejamento do cultivo da cana, levando em conta a sustentabilidade da atividade. Os critérios ambientais para definir as áreas adequadas estão baseados em fatores como a vulnerabilidade das águas subterrâneas, a disponibilidade de águas superficiais, a biodiversidade presente na área, as unidades de conservação, a declividade e a qualidade do ar.
