Professor ‘forma experts’ em astros

Jornal da Tarde - Quinta-feira, 20 de setembro de 2007

qui, 20/09/2007 - 11h42 | Do Portal do Governo

Jornal da Tarde

O professor de física Mário Conceição Oliveira, 30 anos – que dá aulas para as turmas de Ensino Médio da Escola Estadual Maestro Fabiano Lozano, na Vila Mariana , diferentemente da maioria dos licenciados nesta disciplina, logo que terminou a graduação já sabia o que queria: dar aulas em escolas públicas.

De acordo com relatório sobre déficit de professores no Ensino Médio realizado pelo Conselho Nacional de Educação e divulgado pelo JT em junho, apenas 9% dos professores de física das escolas públicas brasileiras são licenciados na área.

No entanto, a paixão de Mário pela docência é tanta que, além das aulas de física, ele atua como voluntário no contraturno da escola para tocar o Clube de Astronomia, criado por ele no início do ano, que reúne semanalmente alunos de Ensino Médio interessados no tema.

O professor Mário explica que pouco se fala nas escolas sobre astronomia. ‘O tema aparece nas aulas de física, mas ainda não é aprofundado. É por isso que montamos o clubinho, no qual os alunos realizam pesquisas e até apresentam seminários. ‘

Neste ano, os alunos também participaram da Olimpíada Brasileira de Astronomia (www.oba.org.br). ‘Não conquistamos medalhas, mas elaborei um plano de estudos preparatório e eles se dedicaram, pesquisaram muito.’

As reuniões do ‘clubinho’ do professor Mário são bem dinâmicas, com direito a exibição de filmes e encenações. ‘Me motivei a participar das reuniões porque as aulas do Mário eram boas e quando ele explicou sobre astronomia, deu vontade de aprender mais’, diz Juliano Borba, 15 anos, do 1º ano do Ensino Médio.

Já Leonardo Luz de Almeida, 15 anos, também do 1º ano, ressalta o aprendizado de temas como o novo planeta 2003 UB313 . ‘Quando surgiu a notícia do novo planeta, expliquei tudo o que aprendi para minha mãe em casa.’

O professor Mário ressalta que a participação dos alunos é espontânea. ‘O grupo é pequeno, às vezes com 5 ou 8 alunos, mas vale a pena.’