Produção de álcool lidera geração de vagas em SP

Folha de S.Paulo - Sexta-feira, 9 de março de 2007

sex, 09/03/2007 - 12h29 | Do Portal do Governo

Da Folha de S.Paulo

O setor sucroalcooleiro respondeu por 77% dos empregos gerados na indústria de transformação do Estado de São Paulo nos dois primeiros meses deste ano.

Das 39 mil vagas criadas entre janeiro e fevereiro, 30 mil foram no setor de produção de açúcar e álcool, principalmente álcool, segundo pesquisa de emprego realizada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

O acumulado do ano registra alta de 1,87% na geração de emprego. Nos últimos 12 meses, o crescimento é de 0,93%, o que equivale a 21 mil vagas criadas no Estado.

Apenas em fevereiro, o emprego na indústria de transformação paulista, sem ajuste sazonal, registrou aumento de 1,04% na comparação com janeiro. Em números absolutos, significa que foram abertas 22 mil vagas.

Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, considerou bons os resultados, tanto no mês como no bimestre, mas lembrou que o setor sucroalcooleiro puxou a alta dos empregos.

“O setor está em franca expansão e deve se manter assim nos próximos anos. Já a indústria de transformação continua sem vigor e declinante.”

Francini não acredita na possibilidade de a indústria de transformação atingir melhores índices ao longo do ano.

“Não sou pessimista, mas, do ano passado para cá, nada mudou [na economia do país]. A indústria de transformação continua se esvaindo, o câmbio está aí [com o real valorizado em relação ao dólar], a taxa de juros apresenta pequenas quedas e os benefícios do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento, lançado em janeiro] vão demorar para refletir no setor”, disse Francini.

Setores

Dos 21 setores que fazem parte da pesquisa da Fiesp, 11 apresentaram desempenho positivo em fevereiro, 7 mostraram resultados negativos e 3 ficaram estáveis.

Em fevereiro, os setores que mais contrataram foram fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool (8,05%), fabricação de produtos alimentícios e bebidas (4,75%) e fabricação de outros equipamentos de transporte (4,30%).

Em contrapartida, os setores que registraram quedas foram fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicações (2,44%), fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática (1,21%) e preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados (0,66%).