Editorial
Os repasses financeiros dos Estados aos municípios são previstos e regulamentados por lei. Não constituem favor nenhum – até em função dos impostos estaduais pagos pelos contribuintes -, nem devem depender da generosidade ou da preferência política de qualquer governante. Mesmo assim, não há como negar a atenção especial que o governador Geraldo Alckmin tem dedicado à região do litoral, no que respeita à concessão de recursos para diferentes projetos municipais.
Ainda na quarta-feira foram liberados R$ 32,7 milhões para oito das nove cidades da Baixada – R$ 11,2 milhões para Santos – qualificadas como estâncias balneáris, as quais, com o dinheiro, terão condições de realizar obras de infra-estrutura que, visando ao incentivo do turismo, não deixam de beneficiar as populações locais. Essas coisas, sabe-se como funcionam. Se não houver isenção nem compromisso com a boa prática administrativa, as verbas ficam paradas ou saem a conta-gotas e os municípios acabam no prejuízo.
Cabe, portanto, o reconhecimento ao governador por sua postura correta e, principalmente, apartidária. É assim que tem de ser, uma vez que as conveniências políticas não podem de forma alguma sobrepor-se aos interesses coletivos e isto, infelizmente, ainda acontece em outras áreas.
