Ponte estaiada ligará Santos e Guarujá; balsas serão desativadas

A Tribuna/Santos

qui, 21/05/2009 - 9h39 | Do Portal do Governo

Uma ponte estaiada da Avenida Governador Mário Covas Junior, em Santos, até a Avenida Adhemar de Barros, em Guarujá, fará a ligação entre as duas cidades, em substituição às balsas. A decisão do Governo do Estado foi apresentada ontem pelo secretário de Estado dos Transportes, Mauro Arce, aos prefeitos João Paulo Tavares Papa e Maria Antonieta de Brito (ambos do PMDB), além de secretários dos dois municípios.

A outra alternativa que também constava no estudo encomendado à Companhia Paulista de Desenvolvimento (CPD) ­ a construção de um túnel prémoldado e submerso no mesmo traçado das balsas ­ foi totalmente descartada.

Conforme o projeto preliminar, a ponte terá 2,8 quilômetros de extensão total (sendo a parte estaiada com 800 metros), e altura máxima (no centro do canal) de 70 metros, o que permitiria a passagem de navios.

A estrutura com quatro faixas, ciclovias e calçadas para pedestres terá cerca 20 metros de largura e servirá a veículos de passeios e ônibus intermunicipais. A obra é estimada em R$ 500 milhões e depois de iniciada deve levar 30 meses para ser concluída. Com a ponte pronta, as balsas serão finalmente desativadas.

“Não é uma ponte para transporte de carga. É uma ponte com um objetivo específico: atender a clientela e demanda que hoje usa a balsa”, reforçou Arce. Utilizar a futura estrutura para a passagem de carretas seria “um desastre, tanto na (Avenida) Adhemar de Barros, quanto na Ponta da Praia. É incompatível. Para o transporte pesado, estão sendo estudadas outras alternativas”.

Projeto básico

Agora, o Governo do Estado vai contratar uma empresa, por meio de carta-convite, que fará o projeto básico, interagindo com as duas prefeituras. “A ideia inicial é que a gente faça uma PPP (Parceria Público -Privada) com cobrança de pedágio igual ao que se paga hoje para a travessia por ferryboat”, ou seja, R$ 7,50. “Nós esperamos fazer a concessão ainda este ano, estabelecendo o prazo de 30 anos”.

Pelos cálculos preliminares de custo da obra e de valor de tarifa, o Estado deve arcar com 50% do valor da construção. Os outros R$ 250 milhões seriam pagos pelos próprios usuários da ponte com o pedágio.

Questionado sobre o valor da tarifa,Arce explicou que épossível optar por uma modalidade que ofereça custo menor. No entanto, se o usuário for beneficiado com o valor mais baixo, o restante dos contribuintes do Estado é que terão de arcar com uma parcela maior. Arce deixou claro que ainda não há nadadefinido nestesentido. “Isso a gente vai discutir para ver qual é a melhor solução”.