O Estado de S.Paulo
A história de monitorar a freqüência da polícia terminou. As Polícias Civil, Militar e Técnico-Científica têm agora radiocomunicação digital criptografada, que embaralha sons. Mesmo que alguém intercepte a conversa dos policiais, ela chega como ruídos indecifráveis. A tecnologia inaugurada oficialmente ontem também impede decodificar dados trocados entre base e policiais.
Com investimento de R$ 158 milhões, foram comprados 9.400 rádios portáteis e 320 computadores – 180 laptops e 140 palmtops, além de GPS. “Não há possibilidade de escuta clandestina e a voz é transmitida sem chiado. Os recursos darão mais rapidez aos atendimentos e segurança aos policiais”, disse o secretário de Segurança do Estado, Ronaldo Marzagão.
Embora cada polícia tenha seu circuito de comunicação, o sistema possibilita a integração em rede das três polícias sempre que necessário – como, por exemplo, na explosão de um shopping, que envolve o trabalho de várias equipes. Nas viaturas, além de rádio portátil e computador de bordo, foi instalado um laptop, por onde são pesquisados antecedentes criminais, posição de outras viaturas, RGs e registros de armas. O palmtop oferece as mesmas consultas.
O sistema é o mesmo de Estados Unidos, Austrália e Canadá. Testes começaram em 2005 em São José dos Campos e Campinas. No ano passado, estenderam-se à Grande São Paulo; em maio, à capital. As próximas beneficiadas serão São José do Rio Preto, Sorocaba e Bauru.