Polícia faz blitz contra comércio de fios

Jornal da Tarde - Quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

qui, 24/02/2005 - 8h46 | Do Portal do Governo

Ação foi realizada em conjunto com empresas de serviços essenciais para reprimir venda ilegal em ferros-velhos

A Polícia Civil de São Paulo realizou ontem a Operação Curto Circuito, com o objetivo de combater o comércio de fios e cabos elétricos e a sonegação fiscal em ferros-velhos. Mais de 100 policiais, fiscais municipais e técnicos da Eletropaulo, Sabesp, Telefônica e Companhia Paulista Trens Urbanos CPTM participaram da operação. As equipes fiscalizaram os 59 locais: 55 ferros-velhos e quatro empresas de beneficiamento de metais.

Foram constatados que os 55 ferros-velhos fiscalizados eram clandestinos e duas das beneficiadoras também. Os donos dos estabelecimentos foram notificados e terão 48 horas para regularizar a situação. Caso isso não aconteça, os locais poderão ser fechados pela Prefeitura a qualquer momento.

Mais de 1,5 mil kg de fios de cobre apreendidos

Essa foi a primeira grande ação envolvendo policiais especializados e funcionários de empresas de serviços essenciais. Segundo o delegado Valter Sérgio de Abreu, titular da Delegacia de Roubo e Furto de Fios do Deic, foram apreendidos no total 1.598 quilos de fios de cobre, similares aos usados pela Telefônica. Os policiais também apreenderam 475 quilos de cabos de alta tensão, similares aos da Eletropaulo. ‘Além dos prejuízos materiais, o roubo e o furto de fios causam um prejuízo incalculável para a sociedade, que fica sem telefone, com os trens parados e as ruas às escuras’, afirmou o delegado.

As equipes que participaram da operação fiscalizaram ferros-velhos nas Zonas Sul, Leste e Norte da Capital. Na Zona Leste, o dono de um ferro-velho foi autuado por furto de energia elétrica. Na região central, outro proprietário foi autuado por furto de água.

Os fios apreendidos pela polícia foram depositados às empresas que têm concessão para a execução dos serviços. Os donos dos locais onde aconteceram as apreensões foram intimados a apresentar as notas fiscais para comprovar a procedência dos material.