Agora São Paulo
A Polícia Civil conclui hoje as investigações sobre o assassinato de Isabella Nardoni, 5 anos, e deverá pedir a prisão preventiva do pai e da madrasta da menina, Alexandre Alves Nardoni, 29, e Anna Carolina Jatobá, 24, os únicos suspeitos do crime. Um relatório da investigação será encaminhado para o Ministério Público Estadual, que, após análise, deverá denunciar os suspeitos -pedir à Justiça para que o casal vire réu em processo criminal. Os depoimentos de pelo menos 60 testemunhas e três laudos periciais apontam, segundo a polícia, que o casal cometeu o crime. A perícia mostra, entre outras informações, um rastro de sangue que começa no carro de Nardoni e acaba na janela de onde Isabella foi atirada (veja quadro). O governador José Serra (PSDB) afirmou ontem que a polícia já fez seu trabalho. “Agora é com a Justiça, que tem de fazer um juízo final e se manifestar”, disse. A polícia não revelou detalhes sobre o eventual pedido de prisão preventiva. O casal já ficou preso temporariamente, de 3 a 11 de abril. Antonio e Cristiane Nardoni, avô e tia paternos de Isabella, prestarão depoimento hoje à tarde no 9º DP (Carandiru) -o que não mudará o direcionamento do inquérito. A polícia pretende fazer uma reconstituição do crime ainda nesta semana. A acareação (depoimento cara a cara) entre Nardoni e Anna Jatobá foi descartada. O casal foi indiciado na sexta-feira por homicídio doloso (com intenção de matar) qualificado por impossibilidade de defesa da vítima, motivo torpe e uso de meio cruel. Segundo a polícia, Isabella apanhou, foi asfixiada por Anna Jatobá e jogada pelo pai da janela do apartamento de Nardoni, no sexto andar do edifício London, na região do Carandiru (zona norte de SP), às 23h49 de 29 de março. Nardoni e Anna Jatobá se declararam inocentes.
