Palestras vão orientar funcionários de condomínios residenciais e síndicos sobre medidas de segurança para evitar assaltos aos prédios da Capital
LUÍSA ALCADE
Porteiros e síndicos de condomínios residenciais da Capital vão passar a partir de agora por treinamento especializado ministrado por policiais civis. Eles serão orientados em palestras sobre segurança por policiais da divisão de patrimônio do Departamento de Investigações contra o Crime Organizado (Deic). A novidade foi anunciada ontem pelo governador Geraldo Alckim durante a formatura de 607 policiais militares, no centro da Capital. Somente neste ano, segundo dados oficiais da Secretaria da Segurança, 17 condomínios foram assaltados em São Paulo.
‘Vamos trabalhar junto com o Secovi (Sindicato da Habitação) na área de prevenção orientando e fornecendo regras de segurança aos funcionários dos prédios’, disse o governador. ‘A idéia é tentar diminuir a vulnerabilidade. Queremos passar noções para evitar que as quadrilhas tenham qualquer possibilidade de entrar nos condomínios’, afirmou Alckmin.
O secretário da Segurança Pública, Saulo de Abreu Castro Filho e o delegado-geral Marco Antônio Desgualdo reuniram-se quinta-feira com o empresário da construção civil Romeu Chap Chap, presidente do Secovi, na sede da entidade para celebrar a parceria.
Abreu Filho explicou que, em uma segunda etapa do treinamento, porteiros e síndicos vão passar os conhecimentos adquiridos para os moradores. A idéia do Secovi e da polícia é aprimorar uma cartilha que já é distribuída para a categoria com os procedimentos de segurança que devem ser adotados por todos os moradores.
No começo desta semana a polícia vai anunciar a prisão de uma importante quadrilha de roubos a condomínios que atuava na Zona Leste. ‘É uma questão de dias’, confirmou o secretário. Para ele, o assalto a condomínios não é uma epidemia na Capital. ‘Os bandidos vão migrando. E hoje em dia esse se tornou uma oportunidade porque é o que está dando dinheiro no momento’. A maior parte das quadrilhas consegue acesso pela garagem.
‘Não adianta lotar o prédio de câmeras e grades e economizar no salário dos porteiros’, disse Abreu Filho. Segundo ele, outra grande falha é o fato de os moradores não seguirem as determinações de quem monitora as entradas e saídas dos condomínios.
