Operação do Demacro na Grande São Paulo mobilizou mais de 500 homens e resultou na apreensão de 30 mil CDs e DVDs contrabandeados
CARINA FLOSI
O Demacro (Departamento de Polícia da Grande São Paulo) realizou ontem uma operação inédita de apreensão de produtos contrabandeados e falsificados em toda a região metropolitana. Foi a maior apreensão da história do departamento: 20 toneladas de produtos piratas. Simultaneamente, mais de 500 policiais de 117 delegacias da Grande São Paulo recolheram as toneladas de material que estavam sendo vendidas nas ruas, lojas e shoppings. Em Santo André, nove pessoas foram presas.
A megaoperação começou de forma integrada, às 7h, e terminou no início da noite. Mais de 350 investigadores e 60 delegados se deslocaram aos locais com grande concentração de lojas e surpreenderam os camelôs e lojistas com produtos ilegais. Todo o material sem nota fiscal foi colocado em caminhões da polícia.
Foram retirados de circulação 30 mil CDs e DVDs piratas, mais de 1,5 mil cigarros e centenas de relógios e óculos falsos. Havia também lanternas, roupas, tênis, brinquedos e calculadoras.
Todo o material ilegal foi encaminhado às delegacias seccionais, onde ficará à disposição da Justiça para ser destruído.
A estratégia da polícia, de acordo com o diretor do Demacro, Nelson Guimarães, foi agir na segunda quinzena do mês de dezembro por conta do elevado número de produtos ilegais que invadem a Grande São Paulo para o consumo do Natal. Nos anos anteriores, as operações de produtos piratas aconteceram em locais isolados da região, e em dias alternados. ‘Desta vez, inovamos e conseguimos um excelente resultado. Infelizmente, o dinheiro que deveria ir para hospitais e escolas públicas acaba escorrendo nas mãos desse pessoal’, explicou o delegado.
Até o final da tarde de ontem, mais de 100 pessoas haviam sido detidas para averiguação. Segundo a polícia, houve correria e tumulto em alguns locais.
Parte dos camelôs e lojistas abandonou os produtos nas calçadas e fugiu. No entanto, a polícia garante que todos os casos serão investigados. Os detidos foram liberados das delegacias após serem ouvidos, mas em caso de reincidência, serão autuados pelo crime de contrabando.
