PM quer reformular atendimento do 190

Jornal da Tarde - São Paulo - Terça-feira, 16 de novembro de 2004

ter, 16/11/2004 - 8h30 | Do Portal do Governo

A idéia é chegar em 5 minutos no local de uma ocorrência, em vez dos 8 minutos atuais. Os postos do 190 passarão de 40 para 52 na cidade

MARCELO GODOY

Chegar em média 3 minutos antes no local de uma ocorrência. Esse é o objetivo do projeto de reformulação do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). Os postos dos operadores do telefone 190 passarão dos atuais 40 para 52 na Cidade, o que diminuirá em 37% o tempo que a corporação leva para atender a um chamado.

Atualmente, ele é de 8 minutos, em média. A meta é fazê-lo cair para 5 minutos – acima ainda do limite de 3 minutos previsto nos anos 80 pelo programa de radiopatrulhamento padrão.

A reformulação do atendimento, já aprovada e com recursos garantidos, teve o auxílio de uma empresa de telemarketing, que estudou a demanda segundo os períodos do dia. ‘Nosso tempo de resposta diminuirá e nossa eficiência aumentará’, disse o comandante-geral da corporação, coronel Alberto Silveira Rodrigues.

O Copom é responsável hoje pelo atendimento de 40 mil telefonemas por dia para o 190 em São Paulo. Incluindo os números da Capital, no Estado a corporação é chamada diariamente 150 mil vezes – 60% desses telefonemas referem-se a casos de atendimentos sociais e outros que não configuram crime ou são da alçada do Corpo de Bombeiros.

No Copom, há uma hierarquia para atender aos chamados: fatos urgentes, como roubos e acidentes com vítimas, passam na frente dos demais. Com a reformulação, a PM espera acabar com os casos em que as pessoas chamam o 190 e a polícia não aparece.

Além de telefonistas, a Polícia Militar adotou um programa de controle da frota destinada ao atendimento das chamadas – são 868 carros na Capital. A exemplo do que fazia nos anos 70 o então comandante-geral, coronel Francisco Batista Torres de Melo, Rodrigues fiscaliza toda manhã a quantidade de carros que cada batalhão põe nas ruas da cidade. ‘A ordem é ter 80% da frota rodando durante o dia e 60% durante a noite’, explicou.

Para chegar a esses números, algumas unidades da periferia tiveram o número de carros aumentado, caso do 29º Batalhão da PM, localizado na Zona Leste da Cidade, cuja frota passou de 12 para 65 veículos.

O mesmo controle é exercido nos veículos empregados em outros programas de policiamento, como a ronda escolar – 1.144 carros usados para vigiar 7 mil unidades de ensino em todo o Estado.