PM quer integrar ação das rondas com a comunidade

A Tribuna - Sábado, dia 24 de junho de 2006

sáb, 24/06/2006 - 11h22 | Do Portal do Governo

As rondas escolares da Polícia Militar (PM) irão atuar mais integradas com a comunidade. O compromisso foi assumido na manhã de ontem, por representantes da corporação, durante um encontro entre os funcionários da rede estadual e do Sindicato dos Servidores da Educação (Afuse), realizado no auditório do Sindicato da Administração Portuária (Sindaport).

  Os funcionários relataram casos relacionados com indisciplina de alunos e falta de estrutura na organização administrativa das escolas.

  O diretor regional da Afuse, Marcelo de Mattos, disse que vai cobrar um posicionamento da Direção Regional de Ensino. ‘‘Nós estamos muito preocupados com os funcionários, que acabam sofrendo uma grande pressão e não recebem uma cobertura adequada do Poder Público competente, no caso, o Governo Estadual’’.

  Recentemente, a entidade entrou com uma representação no Ministério Público (MP) sobre a Escola Estadual Antônio Ablas Filho, na Aparecida, denunciando o uso de entorpecentes e consumo de bebidas alcoólicas no local, além de problemas de indisciplina. A direção da unidade negou as denúncias, informando que os problemas constatados são os mesmos que acontecem em outras escolas.

  Em abril deste ano, a Câmara de Santos promoveu uma audiência pública para discutir a situação da rede estadual de ensino. Dados divlgados pelo Conselho Tutelar da Zona Noroeste indicavam maiores problemas nas escolas Zulmira Campos e Benvenuto Madureira.

  O tenente Argeo Rodrigues, que representou o comando do 6º Batalhão da PM no encontro, explicou que as rondas escolares estão sendo feitas regularmente. ‘‘Sentimos que falta uma maior integração com a comunidade. Não basta o policial ir até a escola e assinar o papel. Se há algo errado acontecendo, é preciso denunciar’’.

  Segundo ele, a PM tomará a iniciativa de se aproximar mais da comunidade. ‘‘O que queremos é um voto de confiança dos pais e funcionários. Se perceberam algo de errado, avisem aos policiais da ronda para que possamos fazer a nossa parte’’.

Memória

Na edição do dia 20 de março deste ano, A Tribuna já abordava o tema da violência enfrentada pelos educadores através de uma matéria sobre a tese de mestrado defendida pelo psiquiatra Everardo Furtado de Oliveira, na Universidade Católica de Santos (UniSantos). O estudo identificou, no histórico de 573 jovens infratores, que mais de 60% saíram de cinco escolas municipais. As redes estadual e particular não foram incluídas no levantamento.