PM inaugura cabines na Ipiranga. E faz a 1ª. prisão

Jornal da Tarde - 3/12/2002

ter, 03/12/2002 - 11h40 | Do Portal do Governo

O patrulhamento será feito em cinco cabines instaladas no centro. Mas só entre 8h e 21h, para evitar vandalismo

A Polícia Militar já prendeu gente logo no primeiro dia em que as cabines móveis de patrulhamento foram instaladas na Avenida Ipiranga, região central. O sistema só vai funcionar entre 8h e 21h, horário em que ocorrem mais crimes na região. À noite, as cabines são recolhidas para evitar atos de vandalismo. Os policiais baixam as rodinhas e levam todo o equipamento para pontos comerciais próximos, como o McDonald’s, o Citibank e o Cine Ipiranga.

Às 14h30 de ontem, o peruano Martin Sanchez Espinal foi detido acusado de furtar uma carteira com US$ 100 de um turista brasileiro. Segundo o cabo Luciano, a altura da cabine, a 80 cm do solo, permitiu que Espinal fosse avistado. Ao ser abordado, a polícia encontrou a carteira do turista. Espinal foi levado ao 3º DP.

Pouco mais de 30 pessoas assistiram à apresentação de 15 autoridades e representantes da comunidade – entre elas o Secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, o Secretário do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rui Martins Altenfelder, e o Comandante da Polícia Militar, Roberto Arle. Um palco de 40 m2 foi instalado na esquina da Ipiranga com São João e o evento teve início ao som de Sampa, de Caetano Veloso.

Sistema reduziu em 70% os roubos na Paulista

Para o turista italiano Luca Mario Roma, de 63 anos, que visita o Brasil pela segunda vez e diz já ter sido assaltado algumas vezes em São Paulo, a presença da polícia é importante ‘mas não pode violar a privacidade das pessoas’.

As cabines seguem o mesmo sistema adotado na Avenida Paulista, que reduziu em 70% os furtos e roubos na região. A Ipiranga foi escolhida pela quantidade de pessoas que circulam pelo local.

São cerca de 30 policiais escolhidos para a nova operação. Um fala Inglês, outro Chinês, e outro Francês e Espanhol. A comunidade local financia a estrutura – que custa cerca de R$ 3.300 cada, incluindo radiocomunicador e binóculo. ‘Várias pessoas vieram nos agradecer por estarmos presentes’, diz a soldado Herraiz, 23 anos, que também atuou nas cabines móveis da Paulista. ‘Só a nossa presença já inibe os ladrões’, diz. ‘Ao contrário dos módulos fixos, as cabines móveis só operam durante os horários de movimento, reduzindo o custo dos serviços’, afirma o secretário Saulo de Castro.