Pílula do dia seguinte em metrô e trem

Jornal da Tarde - Quarta-feira, 7 de julho de 2007

qua, 04/07/2007 - 12h41 | Do Portal do Governo

 Jornal da Tarde

A partir do mês que vem, a pílula do dia seguinte vai ‘embarcar’ nas estações de metrô e de trem da Capital. O medicamento será distribuído de graça, como parte do programa estadual de planejamento familiar em 20 Farmácias Dose Certa do Metrô, CPTM, Terminal São Mateus e hospitais (veja ao lado) . Só quem apresentar receita médica de unidade pública poderá retirar o remédio , último recurso para evitar gravidez indesejada, recomendado para situações de emergência.

Domingo, o JT mostrou que muitos adolescentes da Cidade utilizam a pílula de maneira indiscriminada, sem levar em conta os riscos de uma relação sexual sem proteção – como aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. Para evitar o uso sem critério da pílula do dia seguinte, o governo estadual adotou uma estratégia. ‘A entrega da pílula será acompanhada pela distribuição de 12 camisinhas e de um folheto explicativo sobre quando o medicamento deve ser usado’, disse a coordenadora de Saúde da Mulher, Tânia Lago.

‘A pílula é alternativa extrema, senão seu uso se torna inconseqüente’, disse a psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Vera Zimmermann. ‘É o último recurso para a camisinha que furou, a falha no anticoncepcional comum ou a vítima de violência sexual ‘, explica a ginecologista Albertina Takeuti.

Para Jefferson Drezzett, consultor da Organização Mundial de Saúde sobre métodos contraceptivos de emergência, distribuir a pílula do dia seguinte de graça iguala o acesso aos mecanismos de evitar a gestação indesejada. ‘É importante frisar que a sua utilização nunca pode ser premeditada.’ A pílula do dia seguinte já é distribuída nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). ‘Haverá mais espaços de distribuição, acompanhada de orientação médica. Antes, só podia ter acesso à pílula quem pagasse R$ 20 na farmácia’, disse Tânia Lago. O investimento total do programa, que também engloba ampliação de cirurgias de vasectomia e laqueadura na rede estadual, é R$ 3,2 milhões.

 

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