Pesquisa revela perfil de alunos do curso de qualificação

Diário de Suzano

seg, 03/08/2009 - 8h34 | Do Portal do Governo

A Fundação do Desenvolvimento Administrativo (FUNDAP) elaborou uma pesquisa quantitativa com 2.033 alunos que fizeram algum curso do Programa Estadual de Qualificação Profissional (PEQ) em 2008. A pesquisa indica que sete em cada 10 participantes do programa são mulheres, 58% tinham mais de 30 anos e 34% terminaram o ensino fundamental.

A pesquisa aponta que 50% das pessoas que fizeram curso do PEQ conseguiram trabalho. Dessas, 57% têm entre 30 e 59 anos – público prioritário do PEQ -, 36% estavam trabalhando com carteira assinada e 25% por conta própria. “É São Paulo voltada para o trabalho com duas perspectivas: oportuniddes para as pessoas e desenvolvimento”, ressaltou o governador ao falar sobre outros programas de qualificação profissional do Estado, como o recém-lançado Jovem Tec.

Entre estes 50% que obtiveram emprego, 56% fizeram cursos relacionados à indústria e 48% à área de comércio e serviços.

Esta semana, o governador José Serra anunciou as 40.892 vagas do Programa Estadual de Qualificação Profissional (PEQ) – com bolsa-auxílio de R$ 210 mensais. Em todo o Estado, há vagas para cursos nas áreas de vendas, administração, indústria, construção civil, telemarketing, limpeza, informática, segurança, atendimento ao cliente, entre outras. As aulas começam em agosto.

Entre as pessoas que conseguiram trabalho na área da formação adquirida pelo PEQ, três em cada quatro declararam estar utilizando os conteúdos vistos em sala de aula. Quase 100% consideraram muito bons ou bons o material didático e a atuação dos professores e se disseram melhor preparados para enfrentarem os processos seletivos.

A pesquisa revela que o PEQ incentivou os trabalhadores a se qualificarem mais: 88% dos alunos da RMSP e 67% do interior pretendem dar continuidade à sua qualificação profissional.

A Região Metropolitana de São Paulo – por concentrar a maior demanda por cursos – receberá 40,3% das 40.892 vagas ofertadas em todo o Estado. Em seguida estão as regiões de Campinas (13,4%) e São José dos Campos (8,4%).

Essa divisão e a escolha dos cursos ofertados foram norteadas pelo Diagnóstico para o Programa Estadual de Qualificação Profissional; por dados do Emprega São Paulo – o sistema online de intermediação de mão de obra do Governo de São Paulo; e por números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O PEQ, lançado em 23 de junho de 2008 pelo governador José Serra, é destinado prioritariamente a pessoas desempregadas com idades entre 30 e 59 anos de idade e que não completaram o ensino fundamental. “Este programa tem uma característica especial porque está voltado para uma maior faixa etária. É muito interessante que o PEQ tenha se restrigindo a pessoa com essa idade”, ressaltou Serra. O Programa tem o objetivo de qualificar ou requalificar o aluno para aumentar suas chances de reinserção no mercado de trabalho.

Para fazer um curso do PEQ, o cidadão desempregado deve fazer o seu cadastro pela internet, no site do Emprega São Paulo (www.empregasaopaulo.sp.gov). Caso não tenha acesso à rede, pode procurar um Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) ou unidades do Acessa São Paulo e os Telecentros.

As aulas, que começam em agosto e têm duração máxima de três meses, são ministradas nas escolas do Centro Paula Souza, Senai e Senac.

Os cursos estão divididos em habilidades gerais, com reforço do ensino básico (português, matemática, conhecimentos gerais e cidadania), e em habilidades específicas, com aulas teóricas e práticas sobre a profissão. “Das 200 horas, 120 serão dedicadas a conhecimento gerais, inclusive língua portuguesa e matemática. O que é uma bela reciclada”, defendeu Serra.

O material didático, preparado pela Fundação Padre Anchieta, contém quatro volumes impressos, quatro DVDs exibidos em sala de aula (vídeo-aulas de suporte), um videojogo de tomada de decisões (os alunos são convidados a decidir o caminho que o personagem deve seguir) e uma webgincana (jogos pela internet com informações sobre os temas estudados em sala de aula).

“Este programa é uma injeção na veia para fortalecer uma das áreas mais debilitadas da sociedade brasilieira: a do emprego. Não há nada que substistua o emprego”, disse o governador durante anúncio. Este ano, o Governo está investindo R$ 100 milhões no programa. A estimativa é criar mais 90 mil vagas em 2010. No ano passado, o PEQ qualificou 26 mil alunos.

Além da distribuição regional das vagas, foram apresentados os resultados de uma pesquisa realizada com os egressos do Programa em 2008. O levantamento mostra, por exemplo, que 50% dos beneficiados conseguiram empregos depois de terem sido qualificados pelo PEQ.

“Ao final das aulas a empregabilidade do aluno vai aumentar porque ele estará mais qualificado”, ressalta o secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos. “É importante dar apoio ao trabalhador desempregado para que ele possa, durante esse período, qualificar-se e voltar ao mercado. A bolsa-auxílio por um período máximo de três meses visa amenizar a situação dele durante essa crise, já que há mais dificuldade de recolocação. A bolsa é uma medida condicionada e temporária”, explica.