Paulistano é quem faz menos sexo no país

Agora São Paulo - Quarta-feira, 26 de novembro de 2008

qua, 26/11/2008 - 12h28 | Do Portal do Governo

Agora São Paulo

Se o congestionamento e o trabalho antes pareciam desculpas para o paulistano dizer que não tem mais tempo para nada, chegou uma prova convincente da veracidade da afirmação: uma pesquisa divulgada ontem revela que a vida em São Paulo é tão corrida que está difícil parar até para fazer sexo.

O estudo, feito pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), com patrocínio do laboratório Pfeizer, fabricante do Viagra, em dez capitais, mostra que o morador da capital é um dos que menos faz, o que menos quer fazer, e o mais insatisfeito com o sexo no Brasil. E não é só: os homens da cidade são os que afirmam ter maior dificuldade em manter a ereção.

O motivo para tantas informações “brochantes” é o próprio estresse ao qual os moradores de São Paulo são submetidos no dia-a-dia, como tempo perdido no trânsito e trabalho excessivo, explica a professora Carmita Abdo, que conduziu a pesquisa e é coordenadora do ProSex (Projeto Sexualidade) do Hospital das Clínicas. “A qualidade de vida no município é pior do que nas outras capitais”, disse.

Segundo o estudo, enquanto os homens da capital dizem ter 2,8 relações por semana e as mulheres 2,1 – os menores números do país, só perdendo para os homens de Curitiba, que afirmam ter 2,7 relações por semana. Os homens de Belo Horizonte dizem fazer sexo uma vez a mais no mesmo período: 3,8.

Os paulistanos estão fazendo tão pouco sexo que, se pudessem escolher, os homens se conformariam em fazer 5,2 vezes por semana e, as mulheres, 3,5 vezes – as escolhas mais modestas do país.

A população de São Paulo também é maioria em afirmar que não consegue fazer sexo mais de uma vez por dia: 70,2% dos homens e 67,9% das mulheres afirmam que não têm mais de um encontro sexual em 24 horas.

A bancária Margarete Valente, 46 anos, casada há 22, concorda que, com a correria, atualmente está mais difícil de manter o pique para as relações sexuais. Ela disse ter o mesmo emprego há 27 anos, mas que a cobrança no trabalho tem ficado cada dia maior. “Hoje em dias os clientes estão muito exigentes”, disse. Por causa da correria, o resultado é apenas uma relação sexual na semana.