Parte do tatuzão chega à Capital

Jornal da Tarde - Quinta-feira, dia 31 de agosto de 2006

qui, 31/08/2006 - 11h12 | Do Portal do Governo

Transporte da máquina usada para cavar túnel só terminará no domingo

Alvaro Magalhães e Aryane Cararo

A maior parte da máquina que vai abrir o túnel da Linha 4-Amarela do Metrô (Vila Sônia-Luz) chegou ontem a São Paulo. Das 23 carretas que saíram à 0h de ontem de Santos carregando as maiores peças do shield ou tatuzão, 17 chegaram às 2h30 no pátio do consórcio Via Amarela, na Vila Hamburguesa, Zona Oeste. Outras seis, que tinham parado em Diadema, no km 16, tiveram de esperar até as 22h para prosseguir viagem até a Capital. A chegada estava prevista para a 0h de hoje. Mas todas as peças que compõem o tatuzão só estarão reunidas no domingo, quando os últimos dos 86 contêineres devem subir a serra.

Quando montado, o tatuzão vai pesar 1.800 toneladas. As peças mais pesadas, e mais largas, foram as que chegaram ontem. A Rodovia dos Imigrantes ficou interditada das 23h30 de anteontem até as 2h30 de ontem para a operação – a velocidade média das carretas é de 25 km/h. Durante o transporte na madrugada, a carreta que levava o motor hidráulico, que pesa 105 toneladas, teve problemas e parou no km 44 da rodovia. Mas prosseguiu viagem e, antes do amanhecer, estava junto às outras no km 16. Essas peças, por ocuparem mais de uma pista, precisam ser acompanhadas por batedores dos dois lados da via.

Das carretas que chegaram à Capital, 15 conseguiram ir até a Avenida Ricardo Jafet a tempo e, depois de uma autorização da Companhia de Engenharia de Tráfego, seguiram para o pátio em comboio. Chegaram ao pátio da Zona Oeste antes das 3h. Porém, outras duas ficaram mais para trás. Foram paradas por marronzinhos no início da Avenida dos Bandeirantes, que queriam multá-las: uma por falta de alguns documentos e a outra por excesso de largura e comprimento. No fim, a ameaça não deu em nada. Os agentes de trânsito apenas escoltaram as retardatárias, que chegaram ao pátio por volta das 4h30.

Assim que todas as peças chegarem, o consórcio começa a agrupá-las em 13 partes maiores. Essas peças pré-montadas serão levadas para o poço da Estação Faria Lima para, aí sim, dar vida ao tatuzão. No final de outubro, a máquina deve seguir para a parada final: escavar 6,4 km de terra até chegar, 15 meses depois, na Estação da Luz.