Parceria põe R$ 100 milhões em pesquisa de etanol

O Estado de S.Paulo - Terça-feira, 17 de julho de 2007

ter, 17/07/2007 - 12h10 | Do Portal do Governo

O Estado de S.Paulo

A Dedini S.A. Indústrias de Base, maior fabricante de usinas de açúcar e álcool do País, assina hoje com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) um convênio para investimento conjunto de R$ 100 milhões em pesquisa para novos processos de produção de etanol de cana.

Cada parte dará R$ 50 milhões ao longo de cinco anos. É a primeira vez que a Fapesp assina um convênio com uma empresa privada disposta a custear estes valores. A assinatura será no Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira (Simtec), que começa hoje, em Piracicaba (SP).

A Fapesp será a coordenadora do convênio de cooperação científica e tecnológica. O primeiro edital de chamada de projetos acontecerá nos próximos dias. Um comitê formado por membros da Dedini e da Fapesp escolherão os projetos para financiamento. Todos os pesquisadores ligados a instituições de pesquisa e ensino do Estado de São Paulo poderão apresentar propostas.

O escopo de pesquisa é amplo. Inclui as questões ambientais do avanço da economia canavieira, passa por estudos sobre logística no setor e alcança pesquisas no desenvolvimento do etanol de segunda geração, o chamado álcool de celulose. Dedini e Fapesp já investiram no desenvolvimento de uma planta-piloto de produção de álcool de bagaço de cana. O projeto ainda não tem, porém, custos competitivos para produção em escala comercial.

Um dos objetivos do convênio será o de financiar pesquisas que possam indicar o caminho tecnológico para produção de etanol de bagaço de cana a preços competitivos. O crescimento da demanda mundial de álcool combustível para substituição da gasolina exigirá, segundo expectativa dos produtores, tecnologia capaz de expandir a capacidade de produção por hectare. Nessa seara, os Estados Unidos estão mais adiantados