Cláudia Costin fala sobre as políticas públicas do Estado
Da Reportagem
Firmar parceria do Cine Arte Posto 4 com o Museu da Imagem e do Som (MIS), anunciar o lançamento de curso de capacitação para bibliotecários da região e conferir de perto como andam as obras no Teatro Coliseu. Esses foram os objetivos da visita da secretária de Cultura do Estado, Cláudia Costin ontem à Cidade. Ela esteve na Gibiteca do Posto 4, na Biblioteca Mário Faria, no Cine Arte Posto 4 e na Cadeia Velha.
Antes da visita ao Coliseu, Cláudia, acompanhada de Carlos Pinto, secretário de Cultura da Cidade, visitou A Tribuna, onde foi recebida pelo editor-chefe Marcio Calves.
A secretária destacou a parceria do Cine Arte Posto 4 com o Museu da Imagem e do Som, reaberto no ano passado. ‘A idéia é privilegiar os curtas do Estado de São Paulo. Há um acervo muito grande de produção paulista’.
A exibição começa em janeiro. Dez curtas já foram selecionados, entre eles Amor!, de José Roberto Torero; Frankestein Punk, de Eliane Fonseca e Caio Hamburguer, e O Cantor de Samba, de Alexandre Dias da Silva.
Outra iniciativa que merece toda a atenção do Estado está voltada para a fomentação do hábito da leitura e a formação de novos leitores. Por isso, Claúdia fala com orgulho do site Leia Livro, com mais de 5 mil acessos, e da criação de 44 bibliotecas inauguradas em áreas carentes e que não tinham nenhuma biblioteca pública. ‘Inauguramos bibliotecas também em hospitais e uma em metrô, com acervo voltado para despertar o prazer na leitura’.
Incentivar os jovens a ler é também um dos objetivos do curso de capacitação de bibliotecários na região. ‘A idéia é ensinar como lidar com os livros e como motivar os jovens para a leitura’.
Para que a população tenha acesso à cultura, cita a campanha de doação de livros a bibliotecas públicas, que também tiveram seu acervo reforçado. Dentro dessa proposta será inaugurado dia 9 de dezembro, na Casa das Rosas, o Espaço Haroldo de Campos, com acervo doado pela família com mais de 40 mil livros. ‘O local se transformará em um grande centro de referência da poesia, com saraus e espaço para livrarias universitárias’.
Parcerias
A política cultural do Estado, ressalta Cláudia, está voltada para a formação do cidadão, por isso o investimento em oficinas culturais. ‘Vamos oferecer 7 mil vagas para 2005 na Oficina Cultural Pagu’. Neste ano foram recebidas mais de de 4,5 mil inscrições.
Cláudia criticou as leis para gerir a área cultural, que exige mais flexibilidade e criatividade. ‘Daí a necessidade de parcerização com o terceiro setor e da implantação de organizações culturais (OSs)’.
As parcerias públicas e privadas, segundo a secretária, permitem trabalhos muito interessantes, já que da raspadinha cultural, lançada no ano passado, o Estado não recebeu ainda nenhum tostão. ‘O dinheiro arrecadado até agora foi alocado para o gasto de marketing’.
Coliseu
Cláudia acredita que a obra deve estar pronta em abril. Para ela, o teatro deve ser a casa da Orquestra Sinfônica de Santos, como acontece com a Sala São Paulo. ‘É preciso investir na orquestra, pagar bons salários. Esse é o segredo da Osesp’.
Além da inauguração, Cláudia destacou a necessidade de se pensar na ocupação do teatro. ‘O teatro também pode ter espaço, mas a ocupação deve ser prioritária da orquestra’.