São Paulo – O governador Geraldo Alckmin afirmou hoje ‘o PSDB terá uma postura de coerência em relação à reforma da Previdência’, após reunir-se com os ministros José Dirceu, da Casa Civil, e Antonio Palocci Filho, da Fazenda, no Palácio dos Bandeirantes. ‘Já éramos favoráveis às reformas, e as questões pontuais vão ser discutidas.’ As reformas da Previdência e Tributária foram o principal assunto do encontro, o primeiro entre os ministros e Alckmin desde as eleições e que precede a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os governadores, marcada para os próximos dias 21 e 22.
Segundo Alckmin, também foram abordadas questões de interesse específico do Estado, ligadas às áreas de transporte e energia, e outras gerais, como as repercussões no País da possível guerra no Iraque. ‘A reforma da Previdência parece ser a questão mais urgente, por princípios de justiça social, sustentabilidade do País e por ser um dos caminhos, junto com a reforma Tributária, da retomada do crescimento econômico’.
O governador abordou, ainda, a necessidade da conclusão da reforma administrativa, para resolver problemas como o teto salarial. ‘Fico abismado com os valores de alguns salários no Estado, mas não temos instrumentos jurídicos para resolver. No Rio de Janeiro, muitas decisões tomadas para resolver esses problemas foram perdidas na Justiça’, disse.
Transportes – A liberação de recursos para obras rodoviárias de ligação entre São Paulo e Mato Grosso do Sul foi uma das solicitações do Governador aos ministros. A primeira é a conclusão de uma ponte sobre o rio Paraná, entre os municípios de Panorama (SP) e Brasilândia (MS). ‘Mais de 70% da obra, que está parada, encontra-se concluída e os recursos que faltam, de cerca de R$ 10 milhões, estão previstos no orçamento do governo Federal.’, lembrou o governador.
Além disso, Alckmin solicitou recursos para a recuperação de outra ponte, entre Presidente Epitácio (SP) e Bataguaçu (MS), uma obra dos anos 50 que está ameaçada de ter o tráfego interrompido. ‘Se isso acontecer, a ligação entre os dois Estados ficará comprometida, dependendo apenas de Porto Primavera.’ Outra demanda do governo paulista refere-se ao ferroanel, que desafogaria o fluxo de carga na Região Metropolitana de São Paulo, onde o transporte de passageiros é prioritário.
