Painéis de plasma no Metrô paulistano

Jornal da Tarde - Segunda-feira, 5 de março de 2007

seg, 05/03/2007 - 12h02 | Do Portal do Governo

Do Jornal da Tarde

O Metrô de São Paulo é o terceiro metrô do mundo a utilizar modernos painéis de plasma para monitoramento de trens, estações e sistemas elétricos de alimentação da rede. A tecnologia – que, além da Capital, só é encontrada nos metrôs de Shangai (China) e em uma das linhas do metrô de Paris – já está em operação há 1 mês nos consoles de controle da Linha 3 – Vermelha (Corinthians/Itaquera-Palmeiras/Barra Funda) e também no comando da energização dos trilhos e estações, no Centro de Controle Operacional (CCO).

Desde 1998, o Metrô utilizava painéis retroprojetados para que os técnicos do CCO pudessem visualizar um mapa do sistema e da localização dos trens. Essa tecnologia, no entanto, além de ser inferior, é bem mais suscetível a falhas. Segundo o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, a intenção é substituir os painéis antigos retroprojetados nos controles das Linhas 1 – Azul e 2 – Verde pelas telas de plasma ainda neste ano.

Economia de energia

Além do baixo custo de manutenção, facilidade de instalação e qualidade de imagem superior, o Metrô optou pelos painéis de plasma por conta da dificuldade em se encontrar peças de reposição para os painéis antigos.

Um dos componentes, responsáveis pela exibição das imagens, não é mais fabricado, o que praticamente deixava o sistema sem a possibilidade de manutenção. Só com energia elétrica e menores custos de manutenção, a companhia prevê uma redução de custos de R$ 150 mil ao ano. Outra vantagem é a economia de espaço: os monitores têm espessura de 7,5 cm, frente a 1,90 metro que tem o sistema de retroprojeção.

Toda a imagem da Linha 3 – Vermelha é exibida em 10 monitores sem bordas (que, na prática, parecem um telão só), cada um de 42 polegadas. Já o sistema de eletrificação demandou a compra e a instalação de seis monitores.

CCO É O ‘CÉREBRO’ DO SISTEMA

CCO do Metrô, que fica na Rua Vergueiro, é o ‘cérebro’ de todo o sistema.

O CCO controla, em tempo real, 117 composições em 60,5 km de trilhos e as 54 estações da rede. Em abril, o centro completa 31 anos de existência.

Um setor, conhecido por ‘sala negra’, recebe as imagens das 433 câmeras instaladas em todos os túneis e estações.

Existe ainda um Simulador de Estratégias Operacionais, equipamento de última geração para o treinamento dos 66 operadores.