Do Jornal da Tarde
A Fundação Procon de São Paulo realizou uma pesquisa de preços de produtos de Páscoa, nos dias 12 e 13 de março, e identificou diferenças de até quase 57% no preços dos ovos, 67% nos preços de bolos e de até 60% nos valores de caixas de bombons.
Entre os ovos de chocolate, a maior variação encontrada estava no Diamante Negro em forma de diamante nº 20, de 350g, da Lacta. Nos hipermercados Extra (Zona Sul) e Pão de Açúcar (Centro), o produto foi encontrado por R$ 30,99; o Supermercado Andorinha, da Zona Norte, vendia o mesmo ovo por 19,80, uma diferença de R$ 11,19.
Entre os bolos de Páscoa, a diferença mais significativa estava no preço da Lata Colomba Pascal Frutas – 500 gramas – da Bauducco. Na Lojas Americanas do Centro, o produto foi encontrado por R$ 19,99, enquanto quem passasse pela A Chocolândia da Zona Sul encontraria o mesmo doce por R$ 11,99, uma diferença de R$ 8.
Quando o assunto são as caixas de bombons, a um só tempo saborosas e românticas, a pesquisa constastou diferença de até 59,74%. A mais significativa foi detectada na caixa de Ferrero Rocher, de 187g, com 15 unidades. No Carrefour Eldorado da Zona Oeste o produto era vendido a R$ 16,90, enquanto que no Wal-Mart, também da Zona Oeste, as etiquetas marcavam R$ 10,58, diferença de R$ 6,32.
De acordo com Diogenes Donizetti, assistente de direção da Fundação Procon, os preços dos ovos de Páscoa pesquisados aumentaram 3,14%, em média, se comparados a valores de 2006. Segundo ele, os valores acompanharam a inflação do período, já que a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) entre março de 2006 e fevereiro de 2007 atingiu 3,08%.
A boa notícia, segundo Diogenes, é a queda de preços de bolos, como colomba e outros, e de bombons, em relação ao ano passado. As reduções chegaram a 3,73% e 3,09%, respectivamente.
Diogenes diz que quem tiver mais paciência para pesquisar vai gastar menos e pede atenção. Ele conta que os números que constam dos ovos de Páscoa mudam de acordo com o fabricante e podem atingir diferença de peso de até 20% entre marcas distintas. O que importa, lembra ele, é o peso em gramas que deve obrigatoriamente ser informado na embalagem.
A pesquisa do Procon foi realizada em dez estabelecimentos da Cidade, dois em cada região, a partir de uma lista de 116 itens.
A Fundação Procon ressaltou em nota sobre a pesquisa que trata-se de um mercado “bastante diversificado, com produtos específicos de cada fabricante, o que impossibilita uma comparação de qualidade e, portanto, de preços entre as diversas marcas. A comparação se restringe, então, ao mesmo produto ofertado nos diferentes estabelecimentos comerciais.
