Osesp tem programa de cinco compositores brasileiros no mês

Folha de S. Paulo

qui, 05/11/2009 - 7h20 | Do Portal do Governo

Destaque do final de semana é poema sinfônico “Assim Falou Zarathustra” 

Além de peças com um bom chamativo popular, como o poema sinfônico “Assim Falou Zarathustra”, de Richard Strauss (1864-1949), a programação da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado) tem entre seus destaques de novembro peças de cinco grandes compositores brasileiros. Os músicos voltam à sala São Paulo após turnê por 12 cidades dos EUA, regidos pelo jovem maestro americano Kazem Abdullah, que o “Washington Post” criticou por não demonstrar suficiente maturidade. Mas o mesmo jornal elogiou a alta qualidade técnica de todos os naipes da orquestra paulista. O “Chicago Sun-Times” citou “a energia” com que a Osesp interpretou uma peça do húngaro Bela Bartok. Na próxima semana, entre os dias 12 e 13, a orquestra fará de Camargo Guarnieri (1907-1993) a suíte “Brasiliana”, encomendada em 1949 por uma fundação dos EUA e que carrega as formas do nacionalismo musical do qual o compositor era na época um militante. No mesmo programa, o “Concerto nº 2”, para percussão e orquestra, de Marlos Nobre, 70, talvez o compositor brasileiro vivo de mais requintada sofisticação formal.

Hime e Villa-Lobos

Entre os dias 19 e 21, estarão programados Luciano Gallet (1893-1931), com sua “Dança Brasileira” (1925), o “Concerto para Violão”, de Francis Hime, 70, músico de mão cheia mais associado à bossa nova -sua peça terá como solista Fábio Zanon-, e, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), as “Bachianas Brasileiras nº 7”. Mas vejamos o “Zarathustra”, de Strauss, no programa entre hoje e sábado, sob a regência do maestro principal da Osesp, Yan Pascal Tortelier. O poema sinfônico, composto em 1896, quando o autor estava com 32 anos e muita maturidade musical, teve seus primeiros compassos inseridos na trilha de “2001 – Uma Odisseia no Espaço”, filme de 1968 de Stanley Kubrick. É uma partitura em nove partes, bem mais complexa e com uma orquestração pesada, exigindo duas tubas, quatro trompetes, órgão e seis instrumentos de percussão. No mesmo programa, a israelense Sharon Bezaly será a solista do “Concerto para Flauta”, de Aram Khachaturian. Na semana seguinte, a Osesp será regida por Dante Anzolini, atuante em La Plata, Argentina, e Linz, Áustria. A orquestra fará a suite orquestral “Os Planetas”, do britânico Gustav Holst. Entre os dias 19 e 21, a orquestra estará sob a regência de Alondra de La Parra, maestrina americana de 29 anos que criou e dirige, em Nova York, a Filarmônica das Américas. No último programa do mês, em que o spalla Emmanuele Baldini solará o “Concerto para Violino”, em ré menor, de Robert Schumann, a Osesp terá como maestro o britânico Frank Shipway.

Osesp
Quando: qui. e sex., às 21h; sáb., às 16h30
Onde: Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, 16, tel. 0/xx/ 11/ 3223-3966)
Quanto: de R$ 30 a R$ 104
Classificação: não indicado para menores de 8 anos